Terça-feira, 27 de Outubro de 2009

28 de Outubro de 2009 – ELEIÇÕES EM MOÇAMBIQUE

 

 

 

 
Amanhã, dia 28/10, é um dia muito especial para um belo país chamado Moçambique e para essa terra da boa gente que é o Povo Moçambicano. É dia de Eleições, um dia que deveria ser natural numa democracia consolidada e amadurecida, mas sobre o qual recaem as maiores suspeitas de ilegalidades cometidas pelo partido no poder, a FRELIMO, que controla todos os organismos que deveriam ser independentes, como a CNE e o CC, a seu bel-prazer, conseguindo perverter o conceito de democracia que é a inclusão, transformando-o em exclusão.
 
DAVIZ SIMANGO À PRESIDÊNCIA, JÁ !
 Apesar dos constrangimentos colocados pela anti-democrática FRELIMO, ainda há possibilidades de escolha e essa escolha deverá ser a da MUDANÇA, por um Moçambique para todos e não só para uma meia dúzia que governa o País há 35 anos e não o consegue desenvolver. É necessário mudar e mudar para melhor, para uma Democracia autêntica, para uma Liberdade para todos e para um sistema onde todo o povo tenha a oportunidade de construir a sua própria Felicidade.
 
 
VOTAR MDM É UM DEVER DE TODOS OS DEMOCRATAS
 
 
Ovar, 27 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)
 

Publicado por gruposespeciais às 12:22
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Domingo, 25 de Outubro de 2009

FRELIMO – Mais revelações do Inferno

 

 

Como já é do conhecimento de todos, a morte de Filipe Magaia foi planeada e mandada executar pelo Samora Machel, por dois motivos essenciais, o primeiro de ambição do poder, a fim de ser nomeado pelo Eduardo Mondlane chefe do dispositivo militar e de segurança da Frelimo e o segundo, ficar com a viúva de Filipe Magaia, Josina Muthemba, mais tarde, Josina Machel.
De acordo com vários historiadores, cuja credibilidade nunca foi posta em causa, este foi o primeiro passo dado pelo Samora Machel para a tomada, a prazo, do poder na Frelimo e é, neste fase, que entra a facção marxista-leninista e maoísta desta organização. Havia necessidade de eliminar todos aqueles que se opunham à tomada do poder por esta facção liderada pelo Samora Machel e que tinha, na sua retaguarda, homens como Joaquim Chissano, Marcelino dos Santos, Alberto Chipande, Mariano Matsinhe, Armando Guebuza, Castiano Zumbiri, Sérgio Vieira, Sebastião Mabote, Jacinto Veloso e tantos outros.
Josina Muthemba Machel
O plano ensaiado por esta facção começa com a eliminação do comandante da DSD, Filipe Magaia e acaba com a eliminação do próprio Eduardo Mondlane que tinha dado cobertura a todas a acções empreendidas pela facção liderada pelo Samora Machel, pelo que Eduardo Mondlane veio a ser vítima da sua complacência com a ambição do Samora Machel.
Devo recordar que o Samora Machel, em termos de formação, nunca passou de ajudante de enfermagem e que a sua a sua instrução não passou dos campos de treinos de guerrilha, na Argélia, e, posteriormente, da instrução política e guerrilheira na China maoísta.
Samora Machel (Libertador ou Assassino?)
O assassinato de Filipe Magaia já foi descrito num artigo deste Blog, mas, no entanto, há necessidade de escrever algo mais acerca deste assunto e dar a conhecer a todos mais alguns dos assassinos envolvidos nesta morte que deixou de ser misteriosa. O tiro que, na emboscada, atingiu Filipe Magaia foi disparado pelo seu camarada Lourenço Matola e entre os elementos envolvidos na operação, encontrava-se um tal Lino Ibrahimo que, com a colaboração dos elementos envolvidos no assassinato, transportaram o moribundo Filipe Magaia para a fronteira de Moçambique com a Tanzânia. O Lourenço Matola foi entregue aos militares tanzanianos e desapareceu. Todos os outros foram levados para o campo de Nachingwea, onde, alguns foram fuzilados, de imediato, e outros enviados para bases no interior de Moçambique, onde tiveram a mesma sorte. O tal Lino Ibrahimo foi enviado para a base Beira, em Cabo Delgado, onde foi abatido pelo actual general João Facitele Pelembe, comandante da base, quando procurava abrigo de um ataque aéreo efectuado por aviões T6 das FAP  (Força Aérea Portuguesa).
 
Graça Machel ( e esta senhora não tem nada a dizer?). Afinal, foi esposa de um criminoso.
Samora Machel procurou, por todos os meios, eliminar todas as testemunhas deste acto criminoso, tal como veio a suceder com o assassinato do Eduardo Mondlane com a conivência do presidente tanzaniano, Julius Nyerere.
 
LISTA DE ELEMENTOS ELIMINADOS PELA FRELIMO
1.º Padre Timóteo Uria Simango – Vice-Presidente da FRELIMO - Queimado vivo em Metelela (Niassa)
2.º Padre Mateus Gwengere - Idem
3.º Filipe Samuel Magaia – Departamento de Segurança e Defesa (DSD)
4.º Casal Ribeiro – Vice-Chefe do DSD
5.º Francisco Manhangá - Envenenado no Hospital Muhimbiri (Secretário da Defesa P. Tete)
6.º Lazaro Kavandame – Secretário da Defesa - Cabo Delgado
7.º Alberto Mutumula - 1º Comissário Politico - Zambézia
8.º António Silva – 1º Comandante e Defesa P. Zambézia e Niassa
9.º António Mpindula – Adjunto Comandante e Defesa P. Zambézia
10.º António Jahova – 1º Comandante e Defesa – Mutarara, Tete
11.º Alberto Sande – Chefe do 1º Campo de Treino Kongwa - Tanzânia
12.º Luís Arrancatudo – Instrutor Campo Bagamoyo - Tanzânia
13.º José Alves -1º Secretário Provincial - Zambézia
14.º Alexandre Magno – 2º Secretário Provincial - Zambézia
15.º Alves Couviua - Combatente
16.º Luís Njanji – Comandante - Tete
17.º Armando Malata – Responsável de Material Bélico - Tete
18.º António Machado – Comandante (natural da Zambézia)
19.º António Mazuze – Comandante em Marupa – Niassa (Natural de Gaza)
20.º Frackson Banda – Comandante Destacamento Tete
21.º Manuel Mumba – Comissário Politico (Natural Tete)
22.º Lino Ibrahimo – Comandante FRELIMO fuzilado em Cabo Delgado
23.º José Mandindi – Comissário Politico (Natural Niassa)
 24.º José Rivas – Comandante Base Furancungo - Tete
25.º Dr. Cambeue – Um dos Dirigentes da COREMO (Natural de Murumbala – Zambézia)
26.º Basílio Banda – Líder MONIPAMO e opositor da FRELIMO (Natural do Niassa)
27.º Dr.ª Joana Simeão – Vice-Presidente da GUMO. Queimada viva em Metelela
28.º José Nicodêmo – Dissidente da FRELIMO (Natural da Zambézia)
29.º Félix Mendes - Combatente da FRELIMO (Natural de Tete)
30.ºAntónio Ferrão – Comandante da FRELIMO (Natural de Tete)
31.º Francisco Cúfa – Um dos Lideres da FRELIMO (Natural da Zambézia)
32.º Augusto Nababele – Combatente (Natural da Zambézia)
33.º Josina Mutemba – Ex-namorada de Filipe Magaia, e posteriormente esposa do Samora, envenenada no hospital de Muhimbiri – Dar-es-Saalam. (Natural de Quelimane)
34.º Sara Tomás – (Natural de Tete)
35.º Silvério Nungo – Dirigente da FRELIMO, Fuzilado em CABO DELGADO (Natural de Manica e Sofala)
36.º Joaquim Matias – Comandante de Bagamoyo (Natural de Cabo Delgado)
37.º Fernando Napulula – Comandante de Cabo Delgado (Natural de Cabo Delgado)
38.º Raimundo Dalepa – Comandante (Natural de Cabo Delgado)
39.º Dunía Nkunda – Comandante (Natural de Cabo delgado)
40.º Carlos Nunes - Comandante (Natural da Zambézia)
41.º António Fabião - Combatente (Natural da Zambézia)
42.º António Quembo - Combatente (Natural de Tete)
43.º Francisco Mutamanga - Chefe das Operações de Manica e Sofala (Natural de Manica e Sofala)
44º Damião Piri – Comandante (Natural de Tete)
45º Paulo Gumane – Queimado vivo em Metelela
46º Pedro Mondlane - Idem
47º Celina Simango - Idem
48º Júlio Razão - Idem
 
Em memória de todos os que foram assassinados pela Frelimo
Tanzânia – Nachingueia – Janeiro 1975 – Apresentação dos ditos “reaccionários” depois de uma noite de tortura. Da esquerda para a direita: pintor João Craveirinha; estudante José Francisco, 1º Comdt. de mísseis Pedro Simango; Dr João Unhai (médico); Prof. Dr. Faustino Kambeu (Direito Internacional); professora Celina Muchanga Simango (esposa do Rev. Uria Simango). 
Esta é uma pequena lista que inclui os nomes de alguns fundadores da FRELIMO, bem como dos seus comandantes e Combatentes. Existem muitos outros cujos nomes que irão ser divulgados ao longo dos tempos, mas, como disse, é uma pequena amostra dos crimes cometidos pela Frelimo, durante e após a luta armada.
 
(Excertos do livro a publicar por um ex-comandante de guerrilha da Frelimo)
 
Ovar, 25 de Outubro de 2009   
 Álvaro Teixeira (GE)

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Terça-feira, 20 de Outubro de 2009

ELEIÇÕES – Moçambique (28/10/2009) – (3)

 

As próximas eleições a realizar em Moçambique, no próximo dia 28 Outubro, serão, com toda a certeza, as últimas com os partidos, pelo menos na sua grande maioria, tal qual os conhecemos hoje. Já estamos a assistir à implosão da Renamo, com a “fuga” dos quadros e militantes para o MDM, o que irá permitir a este novíssimo Partido ter uma representação parlamentar, cuja dimensão não é, neste momento, quantificável, dada a sua exclusão na maioria dos círculos eleitorais. A implosão da Frelimo dar-se-á na precisa altura em que aqueles a quem eu tenho referido nos meus artigos anteriores como “anormais”, velhos e analfabetos, tanto do ponto de vista de formação académica, como de formação política sejam ultrapassados pelos novos quadros que não se revêem nos métodos, até aqui adoptados pelo regime frelimista.
Nestes últimos anos o Mundo mudou muito e, quando há relativamente pouco tempo se previam cerca de dez anos para que 80% das coisas mudassem, nesta altura os prazos de mudança das mesmas coisas já são inferiores a cinco anos. Daí a minha estranheza relativamente à existência dos planos quinquenais da Frelimo, mas que foram herdados do marxismo-leninismo, doutrina que este “partido”, ainda, não abandonou.
Em 2009 (34 anos após a independência) a fome continua a matar em Moçambique
Com a implosão do Império Soviético, nasceram novas filosofias políticas e económicas, precursoras da Globalização dos Mercados que vieram a acabar com os expansionismos imperialistas e, agora, só resta uma solução aos países subdesenvolvidos que é a sua abertura a novos mercados e criarem, eles próprios, os seus próprios mercados e desenvolverem as suas populações, a fim de que possam absorver a riqueza produzida por cada um. E é neste contexto que os países desenvolvidos estão interessados, com as suas ajudas, a desenvolverem os países colocados na cauda do desenvolvimento, não só por uma questão de solidariedade, mas, também, para a criação de novos mercados, dado que o Ocidente produz mais do que aquilo que consome. Esta crise mundial, que ainda não está perto do fim, embora se notem, já, alguns sinais de retoma, muito pelas medidas tomadas pelo presidente Obama e pelas economias europeias, irá obrigar a que os “anormais”, velhos e incultos, como os que ainda tentam prevalecer num país como Moçambique a abandonarem, quando menos o esperarem, o poder absoluto que mantêm sobre o seu Povo e entregá-lo a novos quadros, a novas ideias que se enquadrem nos valores da Democracia, da Liberdade, da Justiça Social e no direito de cada pessoa procurar a sua própria Felicidade.
Em Moçambique os tais “anormais”, velhos e incultos tudo fizeram para que as Eleições marcadas para 28 de Outubro constituíssem uma “palhaçada” de Exercício Democrático, dominada por duas organizações auto denominadas de “partidos”, Frelimo e Renamo, a fim de prejudicarem o único e verdadeiro partido que os poderia derrotar nas urnas, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), mas estou certo que nada irá calar a revolta do Povo perante estes actos anti-democráticos e que Moçambique nunca mais irá ser igual depois de 28/10/2009, porque os jovens e os habitantes dos grandes aglomerados populacionais não irão perdoar o atraso e o subdesenvolvimento a que, cada vez mais, estão votados.
A Libertação prometida e não consumada em 1975 irá ser feita agora, não com armas, mas com a grande força que o Povo Moçambicano está a reunir em torno de um grande partido democrático, o MDM.
 
(Continua…)
 
Ovar, 20 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)
(Gestor de Empresas e de Recursos Humanos)    

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Sábado, 17 de Outubro de 2009

ELEIÇÕES - Moçambique (28/10/2009) - (2)

 

 

Depois de no artigo anterior ter abordado o facto de dois “anormais”, Mariano Matsinhe e Alberto Chipande se considerarem, como membros da Frelimo, donos do destino de um Povo que, após 35 anos do fim da Luta de Libertação, ainda não conhece o que são os verdadeiros valores da Democracia, da Justiça Social, da Liberdade e do direito à procura da sua própria Felicidade, irei procurar, hoje tecer algumas considerações sobre este verdadeiro drama que assola a sociedade moçambicana:
1 – Os quadros que, ainda hoje, dominam o cenário político moçambicano são oriundos da Luta Armada e, na sua grande maioria têm um nível de escolaridade muito baixo (o Guebuza e Dhlakama possuem, apenas, o 9º ano de escolaridade e ambos são líderes dos respectivos partidose tenentes-generais!!!). Há outros dirigentes que foram instruídos em Escolas de Missões que abandonaram antes de concluírem o ensino secundário, a fim de se juntarem à Frelimo. Todos estes dirigentes, por falta de instrução de base foram permeáveis às doutrinas marxistas-leninistas e, num período posterior, o maoísmo. Estas teorias que nada tinham a ver com os valores, acima enunciados, foram as que aprenderam alguns quadros da Frelimo e que as vieram a implementar, logo após Abril de 1974, em Moçambique, com as centenas de milhares de crimes cometidos e com a destruição de toda a economia do País. Estes efeitos foram e continuam tão nefastos que, dos 20 milhões de moçambicanos, 16 milhões vivem em condições de pobreza extrema e, destes 16 milhões, 70% são constituídos por mulheres;
 
O sofrimento da Mulher Moçambicana (Um atentado à democracia, à liberdade e ao direito de ser feliz)
 
2 – A oposição dos “velhos” e incultos à renovação tenderá a agravar, ainda mais, a situação, uma vez que os Países Doadores não tolerarão mais devaneios anti-democráticos como os que se estão a verificar neste processo eleitoral e tendo já a Suécia e a Finlândia com a suspensão das doações e, neste momento, tanto a Comunidade Europeia como os EUA, estão a repensar as suas posições. Ora, se chegarmos a uma situação desse género, penso que os tais “velhos e incultos tentarão ensaiar uma fuga para a frente com consequências desastrosas que poderão levar Moçambique a um “País Falhado”, no contexto internacional;
 
3 – Por último, é importante referir que Moçambique não possui riquezas naturais que não possam ser encontradas noutros países, tanto em qualidade como em quantidade, por isso, esses incultos que governam o País devem convencer-se que Moçambique não possui uma posição geoestratégica de grande importância nem a sua posição económica é importante para o Mundo Global. E é neste contexto que deve ser encarada a grande percentagem dos moçambicanos que vivem em pobreza extrema (16 milhões = 80%) e cuja situação se agravará, substancialmente, em caso de diminuição das Doações.
 
As saídas para esta situação, serão analisadas no próximo Artigo.
 
Ovar, 17 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)    

 


Publicado por gruposespeciais às 23:42
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Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009

ELEIÇÕES - Moçambique (28/10/2009) - (1)

 

 

Está aproximar-se o dia das eleições em Moçambique. Digo eleições, para não falar numa “trapalhada” a que o regime chama de eleições, porque o que se está a passar, comparado com um verdadeiro processo eleitoral, não passa de uma triste farsa de carnaval. Basta ler a imprensa e ler as declarações de indivíduos como o Mariano Matsinhe e o Alberto Chipande que estão mais preocupados com sucessão no poder da Frelimo, do que nos interesses no desenvolvimento de um país que se chama MOÇAMBIQUE. Para estes indivíduos. A sua concepção de democracia equivale a zero, porque entendem que a Frelimo se deve perpetuar no poder e o Povo Moçambicano ainda deve venerar estes “heróis”, porque libertaram o povo do poder colonial e o povo deve continuar a prestar-lhes essa vassalagem.
 
Dois dos "anormais" que dominam o Poder em Moçambique

Mariano Matsingue afirma:

"Na Frelimo era normal fuzilar pessoas"

Alberto Chipande afirma:

"É normal os dirigentes da Frelimo enriquecerem à custa do Povo que libertaram"

 
Infelizmente, como irei demonstrar em artigos seguintes, estes indivíduos, que exigem a vassalagem do Povo Moçambicano, não passaram de meros guerrilheiros que amedrontavam o seu próprio povo e que mandavam fuzilar todos os comandantes de guerrilha que passassem a ser admirados pelo seu próprio povo, ou até, por uma mera questão de ciúmes ou disputa de mulheres. O exemplo desse “herói” chamado Samora Machel deve continuar a ser recordado: mandou matar o responsável máximo da DSD da Frelimo, Filipe Magaia, para ficar com o lugar dele e, como se isso não lhe bastasse, casar com a viúva, outra “heroína”, glorificada como Josina Machel, mas que antes se chamava Josina Mutemba. Quanto a esta glorificada “heroína”, não se conhece qualquer trabalho político de relevo para que possa ser considerada um símbolo da mulheres moçambicanas, a não ser o facto de ser uma simples guerrilheira do Departamento Feminino da Frelimo, ser, mais tarde, esposa de Filipe Magaia e, com o assassinato deste, se calhar, com a sua conivência, casar-se, por ambição pessoal, com o Samora Machel.
São histórias que a História de Moçambique oculta, porque são do interesse do Poder Instalado que a história seja contada dessa forma. Mas seria bom que os mais jovens se começassem a interrogar sobre as causas do interesse que a Frelimo tem em eternizar-se no Poder, nem que seja com base na mentira ou com a continuação no poder de “autênticos analfabetos” políticos, que ainda passam a vida e discutir quem vai suceder a quem, como aqueles dois comparsas Mariano Matsinhe e Alberto Chipande.
 
 
É tempo de Moçambique se libertar dos seus fantasmas e enveredar por uma via verdadeiramente democrática em que o poder seja entregue ao Povo e não a elites que se proclamam seus representantes ou que se acham com o direito de continuarem no poder como forma de pagamento de uma luta de libertação.
 
(Continua…)
Ovar, 15 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)    

 


Publicado por gruposespeciais às 23:12
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Sábado, 3 de Outubro de 2009

A MINHA VIDA DE GE – Parte 7 (A Descida ao Inferno)

 

Localização do Fúdze

 

Uma vez chegado ao Fúdze, cerca de 30 quilómetros acima de Vila Gouveia (Catandica), no início de Outubro de 1973, a vida, naquela zona ainda vivia uma certa acalmia, em termos militares, porque essa nova frente de Guerra ainda era recente. Esse mês de Outubro serviu mais para um conhecimento do terreno de operações e verificação dos estragos provocados pela avalanche dos postos avançados da Frelimo que, como referi, em artigos anteriores, eram constituídos pelos verdadeiros terroristas, com massacres de populações, raptos das mulheres mais jovens, assassínios de moçambicanos que não aderiam à Frelimo, destruição de cantinas e de outros meios de actividade económica, roubos de meios de subsistência, nomeadamente, de gado bovino, o que resultou na fuga das populações para zonas mais seguras, como os aldeamentos junto à estrada do Vandúzi-Tete.
O aldeamento do Fúdze ainda estava em construção, mas já tinha uma população considerável que, de acordo com as informações dos seus habitantes se sentia mais segura, dada a nossa presença militar e o grau de confiança aumentou, ainda mais, com a presença do Grupo Especial por ser constituído, essencialmente, por militares daquela zona.
Dentro do plano de reconhecimento da zona envolvente, a minha primeira saída foi ao aldeamento de Pandira de onde eram naturais três militares do GE, o Vitorino, o Taculera e um outro, de cujo nome já não me recordo. Fomos muito bem recebidos pela população, com um imenso carinho e, passado pouco tempo, já havia cabritos assados na brasa, servidos numa mesa colectiva e que deu para estreitar o relacionamento com a população. Este aldeamento era protegido por milícias, os chamados “cipaios”, equipados com as velhinhas espingardas Mauser. Ouvi muitas histórias de terrorismo que coincidiam com aquilo que já sabia e que me tinham sido contadas pelos militares, durante o período de instrução, no Dondo. Foi aí, em Pandira, que soube do que se passou com a Cantina e Serração do Adriano Jorge, com a morte dos proprietários e dos seus empregados. A situação despertou-me a curiosidade de conhecer o local e dos resultados do “terrorismo” frelimista.
Em Pandira, a noite começou com uma grande fogueira, com todos, o GE e a população, sentados à sua volta e, cada um com um, com um bocado de ramo de árvore e pedaço de carne espetado na ponta, lá íamos comendo. Foi um verdadeiro manjar.
A noite passou rápida, o sono não era muito, porque a curiosidade do dia seguinte superava-o. O dia nasceu cedo e, após um pequeno-almoço rápido, saímos de Pandira, pela picada da Macossa, com alguns elementos da população que teimaram em acompanhar-nos, e, passados poucos quilómetros deparei-me com a situação que fora alvo do terror da Frelimo. Um edifício grande, cuja cor inicial seria branca, mas quase todo ele manchado de preto, devido ao fogo do terrorismo. Acerquei-me do edifício e verifiquei os inúmeros buracos provocados pelos projécteis nas paredes, entrei e tudo estava queimado. O cheiro pestilento da morte estava por todo o lado. Deve ter sido algo de horrível. Fiquei petrificado e reparei que algumas pessoas choravam a morte de familiares seus naquele lugar do Inferno provocado pela Frelimo e entoaram alguns cânticos fúnebres em memória dos que ali foram assassinados.
Foi o meu primeiro grande choque.
Já estava mesmo no Inferno, mas o pior ainda estava para vir.
(Continua…)
 
Ovar, 3 Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)

 


Publicado por gruposespeciais às 18:09
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