Quinta-feira, 26 de Março de 2009

Grupos Especiais ( GE´s) - Moçambique

Caros Amigos,

Criei este Blog no intuito de dar conhecimento das minhas opiniões relativamente à minha participação na Guerra Colonial, quer na Tropa Normal, quer como Combatente integrado nos Grupos Especiais (GE´s), em Moçambique, no período de Outubro de 1972 a Maio de 1974.

Tive conhecimento, há poucos dias, de que tem havido alguns encontros de ex-GE´s, mas, por desconhecimento, ainda não participei em nenhum.

Vou colocar um post com um pequeno resumo da minha vida militar, mas, antes disso, quero revelar os m/ contactos:

 

Álvaro Teixeira de Oliveira

tel: 256597260

tlm: 960491057

 

 Este Blog está aberto à participação de todos os que, independentemente das suas convicções políticas ou religiosas, residentes em em Portugal ou no estrangeiro, tenham vivido a experiência da Guerra Colonial, em Moçambique a partir de 1972 e no período pós 25 de Abril de 1974.

Os testemunhos recolhidos e outro material, como fotografias, irão ser tratados tendo em vista a publicação de um livro, quando a quantidade e a análise dos testemunhos assim o justificar.

Não haverá qualquer tipo de censura e os artigos e fotos de interesse referirão, sempre, os seus autores.

 

Para enviar os documentos, poderão utilizar os seguintes endereços:

 

a.teixeira.o@sapo.pt

alvarotoliveira@gmail.com

 

Vamos trabalhar juntos.

Obrigado

 

 

 

 

Clique nas imagens para aumentar         


Publicado por gruposespeciais às 17:28
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52 COMENTÁRIOS:
De Francisco Mota a 27 de Outubro de 2009 às 18:56
Amigo Vicente:

Os meus cumprimentos.

Grato pela rectificação,não só em quilometragem, mas também geográfica.

Já agora, uma coisa é estar em Cantina de Oliveira, que devia pertencer ao Batalhão do Fíngoé (3885) e outra é estar na fronteira da Rodésia,e pertencer ao Batalhão da Chicoa.

Assim e para ser rigoroso a distância entre Tete e Mecumbura é de 330 Km, mais 60 para Nura = 390Km, isto se o itenerário for
o seguinte :

Tete - Estima - Chicoa - Chinanda - Daque - Magoé - Mecumbura - Nura.
90 + 40 + 30 + 30 + 60 + 60 + 60 = 390 km - único na época seca.
quando cheguei à Província saí da Beira em coluna em direcção a Tete, onde fomos buscar a Engenharia e o trajecto foi este.

ou

Tete - Changara - Changara Fronteira - Rodésia - Mecumbura - Nura .(usado na época das chuvas), menos uns kms.

Outra é que Mecumbura é a sudoeste de Tete e Nura também.

E no que ao Wiryamo diz respeito, fica a norte de Mecumbura e Nura , próximo da Serra do Combóio e a sudoeste de Tete.


Convencido de que respondi às questões,

sempre ao dispor

Francisco Dores
Ex.Fur.Mil. CCaç 3554 / BCaç 3886 de JULHO72 a OUTUBRO74


De Vicente Ferreira a 30 de Outubro de 2009 às 03:20
Caro Francisco Mota!
Muito obrigado pela tua resposta. Não tinha a percepção dos itinerários utilizados, pelo que me considero "touché"! Contudo, tinha em mente o itinerário: Tete, Chioco, Cantina do Nura. É aparentemente um percurso francamente menor do aquele que referes. Porém, para utilizarem os itinerários que referes no teu mail é porque o percurso que referi deveria estar desactivado, por impraticável, na altura.
Quando me referia à orientação de Nura (Este) era em relação a Wiryamu e não a Tete.
De qualquer forma o que parece ser importante reter é que:
- a maioria dos itinerários era de muito difícil utilização;
- para se ir de um ponto a outro era muitas vezes necessário dar voltas
enormes que aumentavam imenso os percursos entre os referidos pontos e
os riscos inerentes à passagem pelas picadas;
- as dificuldades na ligação entre aldeamentos e/ou aquartelamentos
eram (são) difícilmente imagináveis por quem não andou por aqueles
fins-de-mundo.
Como exempo do que referi acima posso dizer que de Tete a Cantina Oliveira, via Bene, eram de 120 km até ao Bene e 60 do Bene a Cantina Oliveira, o que dá aproximadamente um total de 180 km. Como a ponte sobre o rio Capoche estava inutilizada, este mesmo trajecto - Tete a Cantina Oliveira - era feito pela Estima (90 km), Chicoa (40 km), Pantoto - Fingoé (80 km), Cantina Oliveira (60 km). Dá um total de ~ 270 km, isto é, ~ 90 km a mais.
São verdades insufismáveis pelo que me penitencio pela minha ignorância e por ter referido que as distâncias que referes talvez fossem exageradas. O seu a seu dono.

Saudações e um abraço de um antigo combatente,
Vicente


De António Carlos a 3 de Março de 2011 às 23:27
Alguém me poderá fornecer as coordenadas de Wiriamu? Pelo que escreveram aqui é difícil identificar no google. Obrigado.


De Francisco Dores a 4 de Março de 2011 às 17:58
Amigo Carlos:

As coordenadas de Wiriyamu, são muito difíceis ou não existem no Google.

O que hoje é conhecido pelo massacre de Wiriyamu, é na realidade o massacre de 3 povoações com o nome de JUWAU, WIRIYAMU E CHAWOLA, que faziam parte do Regulado de GANDALI a 25 KM de Tete.

Eu acho que ficaria perto da estrada TETE/SONGO(Cahora Bassa), provavelmente no Distrito de Chiuta.

Sempre ao dispor

Francisco Dores


De António CArlos a 4 de Março de 2011 às 22:25
Caro Francisco

Muito e muito obrigado pela sua pronta resposta. Antes de mais permita que lhe diga que o meu interesse é meramente académico, e interesso-mo essencilamente plor este tema. Realmente as coordenadas geográficas de Wiriamu não são fáceis de conseguir, e a indicaç~´ao que me dá ao longo da estrada Tete-Songo, é aquela que ao longo dos anos me tem sido mais vezes relatada. Se não estou em erro essa direcção será nordoeste (tete - songo), ora a 25 km a localização será sempre muito mais próximo de tete do que do Songo, digo, pois nunca estive em Moçambique. Presumo que hoje pouco mais reste que uma placa a indicar o antigo local da aldeia. O meu caro Francisco esteve lá?
Abraço

António Carlos


De Francisco Dores a 6 de Março de 2011 às 14:25
Caro amigo :

Eu estava colocado a 180 Km a sul de Wiriyamu, mais propriamente em Mocumbura (fronteira da Rodésia-hoje Zimbabwe) que também teve um massacre em antes deste e de mim.

Envio-lhe mais abaixo um blogue onde pode consultar tudo o que diz respeito a Wiriyamu, assim como aos vídeos que a SIC aqui há anos exibiu, com o Capitão de 6ª de Comandos de Moçambique e responsável pelo massacre.

Contudo, eu fiz a estrada Beira/Tete /Songo duas vezes ao longo da minha comissão (1972/1974). E para ser mais preciso, e, uma vez que o Amigo gosta de ir ao Google, vai proceder da seguinte maneira:

Procura a estrada Tete/ Guro, em antes e olhando para o mapa à esquerda existe a estrada para Cahora Bassa.
Quando chegar a este cruzamento (KM19-onde existia uma Companhia de Caçadores), o Amigo em vez de seguir com o rato para a Barragem faz ao contrário, vira para a direita anda um bocadinho e deverá estar no sítio.

Já agora Wiriyamu é a sudeste de Tete.


http://massacredewiriyamu.blogspot.com/2008_03_01_archive.html

Um abraço, e sempre ao dispor, e grato pelo seu interesse na história deste País

Francisco Dores


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