Terça-feira, 3 de Novembro de 2009

MOÇAMBIQUE – O REGRESSO DO MONO-PARTIDARISMO (Eleições de 28/10/2009)

 

 

Em 09/06/2009, coloquei, neste Blog, um Artigo intitulado “Democracia em Moçambique caminha para o fim?”. Os elementos que, já na altura, possuía, pressagiavam um resultado, nas eleições realizadas em 28/10/2009 idêntico ao que se veio a verificar. A Frelimo conseguiu ultrapassar os dois terços de assentos na Assembleia Nacional o que condena os restantes partidos a meros espectadores de tudo o que se irá passar na A.M., nos próximos cinco anos.
Nesse mesmo artigo, o autor considerava que os partidos concorrentes às eleições não iriam ter as mesmas condições do partido no poder, pelo que seria impossível uma disputa verdadeiramente democrática, mas, pelo contrário, falseada à partida. Nessa altura ainda não se conheciam as “doutas” decisões de uma CNE, totalmente dominada pela Frelimo, nem da “sábia” decisão final da Comissão Constitucional. O que havia, na altura, eram unicamente presságios e talvez, um pouco, de futurismo, veio a confirmar-se com as decisões acima referidas e os usos e abusos dos meios do Estado em favor do partido que o gere, a Frelimo. As posteriores declarações de variadíssimos membros deste partido vieram a confirmar as piores previsões de que a máquina do Estado iria estar ao seu serviço. E foi o que aconteceu, além das imensa fraudes eleitorais praticadas na grande maioria das Assembleias de Voto.
O que é que Guebuza e a Frelimo irão fazer com esta maioria?
Aproveito para citar as palavras de um jovem moçambicano, que não votou e que, através do MSN, me transmitiu a seguinte afirmação: “ O meu pai é da Frelimo e o partido nunca iria perder as eleições, porque tudo isto é uma fraude imensa”. Isto são palavras textuais de um jovem que, ao não votar, faz parte daquela grande fatia dos 60% de abstencionistas que, por diversos motivos, não se revêem no actual sistema partidário existente em Moçambique. Por outro lado, este mesmo jovem disse-me: “nós, em África, votamos no poder”. Perante esta última afirmação, não valeria a pena a Frelimo entrar no jogo de fraudes, porque a vitória, mais ponto, menos ponto, estaria garantida, mas a Frelimo queria mais, queria o resultado que alcançou, ou seja, a maioria de dois terços na Assembleia da República nem que, para isso, tivesse que humilhar os seus adversários, como veio a acontecer, a fim de se ressarcir da derrota, que, do seu ponto de vista, foram os Acordos de Roma de 1992.
Dhlakama e a Renamo ( fim dos tempos?)
O mono partidarismo regressou em força. Será que vamos ter, novamente, “Campos de Reeducação” ou mais “Campos de Metelela, Lupilichi, Bilibiza e tantos outros”, para aqueles que se recusarem a aceitar este estado de coisas? Os mentores desses locais tenebrosos estão lá todos. Ou vamos voltar a uma nova guerra civil fomentada pelos veteranos da Renamo e mantida por parte dos 60% dos abstencionistas? O clima é favorável a situações de explosão, dado que 80% dos moçambicanos vivem em pobreza extrema e sabem que nada têm a perder com situações de revolta popular, como veio a acontecer com a guerra civil encetada pela Renamo em 1976 e o campo de recrutamento é imenso.
Um resultado para o futuro, mas muito aquém do esperado
O mundo ocidental tudo fará para que nada disto venha a acontecer, mas o primeiro passo está dado. Vamos aguardar pela tomada de decisão dos Países Doadores que são, em última análise, os responsáveis por este estertor da democracia multi-partidária, em Moçambique, ao não controlarem os fins a que se destinaram as suas doações.
 
Ovar, 3 de Novembro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)

 


Publicado por gruposespeciais às 23:36
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Terça-feira, 27 de Outubro de 2009

28 de Outubro de 2009 – ELEIÇÕES EM MOÇAMBIQUE

 

 

 

 
Amanhã, dia 28/10, é um dia muito especial para um belo país chamado Moçambique e para essa terra da boa gente que é o Povo Moçambicano. É dia de Eleições, um dia que deveria ser natural numa democracia consolidada e amadurecida, mas sobre o qual recaem as maiores suspeitas de ilegalidades cometidas pelo partido no poder, a FRELIMO, que controla todos os organismos que deveriam ser independentes, como a CNE e o CC, a seu bel-prazer, conseguindo perverter o conceito de democracia que é a inclusão, transformando-o em exclusão.
 
DAVIZ SIMANGO À PRESIDÊNCIA, JÁ !
 Apesar dos constrangimentos colocados pela anti-democrática FRELIMO, ainda há possibilidades de escolha e essa escolha deverá ser a da MUDANÇA, por um Moçambique para todos e não só para uma meia dúzia que governa o País há 35 anos e não o consegue desenvolver. É necessário mudar e mudar para melhor, para uma Democracia autêntica, para uma Liberdade para todos e para um sistema onde todo o povo tenha a oportunidade de construir a sua própria Felicidade.
 
 
VOTAR MDM É UM DEVER DE TODOS OS DEMOCRATAS
 
 
Ovar, 27 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)
 

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Domingo, 2 de Agosto de 2009

INCURSÃO NA SITUAÇÃO POLÍTICA ACTUAL DE MOÇAMBIQUE (2)

 

(…Continuação)
É nesta situação que se vão realizar as Eleições marcadas o próximo dia 28 de Outubro, com três candidatos: Afonso Dlakama (Renamo), Armando Guebuza (Frelimo) e Daviz Simango (MDM).
Se Moçambique não fosse governado por uma ditadura mascarada de democracia, certamente que haveria dois candidatos derrotados à partida, Afonso Dlakama e Armando Guebuza e um candidato vitorioso, Daviz Simango, pelas razões que passo a enunciar:
 
AFONSO DLAKAMA – 56 anos, casado, curso do ensino técnico (antigo 5º. ano), Tenente-General.
Este candidato tem a seu favor a luta que encetou, a partir da Gorongosa, contra o poder ditatorial, criminoso e terrorista do Samora Machel. Esta guerra civil que durou 16 anos, teve a força suficiente para encostar a Frelimo à parede, mas não teve a força política suficiente, para obrigar à partilha do poder, pelo que os Acordos de Roma, em 1992, não passaram de uma construção da tal máscara de democracia e de "seguro de vida para a Frelimo", que não possibilitaram à Renamo, passados todos este anos, constituir-se como alternativa de poder, não só por essa razão, mas, também, pela falta de quadros que pudessem levar por diante a sua implantação sólida no terreno e expandir as suas ideias. A Renamo nunca se conseguiu demarcar do seu carácter belicista e relegou para segundo plano as suas propostas políticas. Na actualidade, a Renamo está confrontada com grandes dissidências, no seu interior, baseadas, segundo o meu ponto de vista, por falta de liderança política, por um lado e não ser um partido do poder, pelo outro. Isto é um problema que ocorre nos partidos, cujos militantes não vislumbram qualquer perspectiva de poder, a curto ou médio prazos. Penso que a sua força eleitoral irá cair, muito, nas próximas eleições.
 
ARMANDO GUEBUZA – 66 anos, casado, curso do ensino técnico (antigo 5º. ano), Tenente-General.
No governo de transição (1974/1975), Guebuza ocupa a pasta da Administração Interna e, no primeiro governo de Moçambique independente, a pasta de Ministro do Interior. Foi nessa qualidade que emitiu a famigerada ordem "24 20". Essa ordem dava 24 horas a todos os residentes portugueses para deixar o país em 24 horas, não lhes sendo permitido levar mais que 20 quilos de bagagem. Foi o responsável pelo criminoso programa "Operação Produção" que deslocou, à  força centenas de milhares de moçambicanos considerados improdutivos para as zonas do norte do país menos habitadas, para aquilo que veio a ficar conhecido como os Campos da Vergonha, incluindo, limpezas étnicas, fome e a morte. Após a morte do Samora Machel, integrou a comissão de investigação ao acidente, mas não chegou a qualquer conclusão. Após Joaquim Chissano ter abandonado algumas práticas comunistas, Guebuza aproveitou a onda de privatizações na indústria, para se tornar num empresário poderoso, com a bênção do governo da Frelimo. Em 2004, ganha as eleições presidenciais, como candidato da Frelimo e é empossado em 2 de Fevereiro de 2005.
O passado deste candidato deveria fazer inveja ao Estaline e ao Adolf Hitler que cometeram crimes idênticos, mas, pelo que se sabe, nunca foram empresários à custa do partido.
 
DAVIZ SIMANGO – 46 anos, casado, Engenheiro Civil.
O actual presidente do Município da Beira é oriundo de uma família com tradições na história de Moçambique, de tal forma importante, que a Frelimo executou, da formal mais cruel, os seus pais em Netelela. As suas virtudes, como autarca e a sua juventude poderão constituir um grande capital de esperança para Moçambique e poderá conquistar votos e apoios, tanto da Frelimo, como da Renamo. O seu programa de governo representa um corte com o passado, embora, do meu ponto de vista, devesse ser mais arrojado, a começar pelo incentivo a uma economia familiar, que é base da riqueza de um país e que dê origem à criação de pequenas e médias empresas, começando pelo aproveitamento dos recursos naturais e que são muitos, nomeadamente com a distribuição e posse da terra a pequenos e médios agricultores, de modo a acabar com a colectivização comunista imposta pelo governo da Frelimo. Apostar no regresso ao país dos quadros da diáspora os quais, com a sua experiência, serão um motor do desenvolvimento de Moçambique e, muitos deles, afirmam que só regressam ao País, quando, nos órgãos de decisão, deixar de haver fardas militares, pelo que se impõe a desmilitarização do regime e entregar à sociedade civil todas as hierarquias da governação. Promover uma verdadeira reconciliação nacional, acabando com as doutrinas tribalistas e racistas em que se tem apoiado a Frelimo, cuja prática é “dividir para reinar”.
Para mim, pelo que é e pelo que representa, Daviz Simango é o futuro, ao contrário dos outros dois candidatos que representam o passado da guerra, da infelicidade do povo, do subdesenvolvimento e da pobreza.
O sangue derramado por heróis multiplica-se e faz nascer muitos mais heróis. Espero que isto se cumpra com o sangue derramado por Uria Simango e pela sua esposa, Celina Simango
 
 Estas fotos não são invenção de reaccionários, são obra da Frelimo. Qualquer semelhança com os campos de concentração nazis não será ficção. Tudo isto é real.
     
 
Para que não restem dúvidas, consultem algumas descrições em:
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/files/raptossimangogwenjere_savana1995.pdf
O Ministro do Interior, nessa altura, era o actual Presidente de Moçambique, Armando Guebuza.
Isto são crimes contra a Humanidade:
MINISTÉRIO DA SEGURANÇA
Ordem de Acção n. 5/80
De: Dl
Para: DB e o Chefe da BO
No espírito dos costumes, usos e tradições da luta armada de liber­tação nacional, o Comité Político Permanente da Frelimo julgou e condenou a morte por fuzilamento os seguintes desertores e traidores do povo e da causa nacional, que foram já executados:
Uria Simango
Lázaro Nkavandame
 Júlio Razão
 Nihia
Mateus Gwengere
Joana Simeão
Paulo Gumane
De forma a prevenir possíveis reacções negativas, internas ou internacionais que possam surgir em consequência da execução desses contra-revolucionários, o Comité Político Permanente decidiu publicar este acto como uma decisão revolucionária do partido Frelimo, e não como um acto jurídico.
É portanto necessário compilar um dossier declarando a comple­ta história criminal desses indivíduos, bem como suas confissões aos ele­mentos da DD/SI que os interrogaram, declarações de testemunhas, au­tos do processo e sentença.
Para além desse dossier, deve se fazer um comunicado que será lido pelo camarada Comandante em Chefe onde ele anunciará a execu­ção dos acima mencionados contra-revolucionários.
Foi decidido nomear um Comité para compilar o dossier e pre­parar o comunicado. O camarada comandante em chefe decidiu que o acima mencionado Comité será encabeçado pelo camarada SÉRGIO VIEIRA, e terá como membros adicionais os camaradas OSCAR MONTEIRO, JOSÉ JÚLIO DE ANDRADE, MATIAS XAVIER e JORGE COSTA.
A luta continua
Maputo, 29/7/80
O Ministro da Segurança
JACINTO VELOSO
 
Palavras para quê? Primeiro, mata-se, depois organiza-se um falso processo.
 
Álvaro Teixeira (GE)

Publicado por gruposespeciais às 20:29
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Sexta-feira, 24 de Julho de 2009

INCURSÃO NA SITUAÇÃO POLÍTICA ACTUAL DE MOÇAMBIQUE

 

 
Moçambique, a Pérola do Índico  
Tenho acompanhado, com particular interesse, a actual situação política que se vive em Moçambique, quando o País está a cerca de 100 dias das eleições presidenciais que, provavelmente só provocarão uma grande alteração dentro da Oposição com a entrada do MDM para o lugar de maior partido da Oposição.
Depois de analisar toda a vasta informação que me tem sido enviada, esta poderá ser a última vitória da Frelimo, porque as grandes divisões existentes no seu seio, entre os novos quadros políticos e os quadros oriundos da luta armada, começam a extravasar para opinião pública melhor informada. Estes novos quadros estão à espera de uma forte votação no MDM, para encetarem um processo interno de Mudança, havendo, inclusive, alguns a fazer jogo duplo. Não perspectivo uma derrota da Frelimo, porque as condições, para que tal aconteça, estão muito longe de estarem reunidas. Alguns exemplos:
 
 FRELIMO, o passado, a estagnação e a pobreza
1 – O regime continua a ser uma ditadura, mascarada de democracia;
2 – Os militares radicais dos tempos do Samora Machel continuam a dominar o poder;
3 – A corrupção continua a dominar a economia do País e é fomentada pelos detentores do poder e que são os seus grandes beneficiários;
4 – Metade das Receitas do Orçamento Geral do Estado provêm dos estados doadores o que, na actual crise económica, poderá ter efeitos perniciosos na economia, porque se prevê uma assinalável quebra nessas doações;
5 – Grande parte dessas receitas não é aplicada no desenvolvimento do País, mas desviadas para outros fins, nomeadamente o enriquecimento fraudulento dos dirigentes da Frelimo;
6 – Toda a terra pertence ao Estado, da qual o Governo põe e dispõe, pelo que a iniciativa privada não existe ou é muito escassa;
 RENAMO, uma vitória militar que não conseguiu ser uma vitória política
7 – Todo o aparelho do Estado é controlado pela Frelimo e o apoio estatal às autarquias depende da sua cor política;
8 – O ensino oficial é baseado no racismo contra os brancos, especialmente, contra os portugueses, com argumentos impensáveis;
9 – O clima de medo está instalado em todo o País, especialmente, em Maputo, onde o assassínio de advogados é uma constante, pelo que a justiça é aplicada contra todas as normas do Direito Internacional;
10 – As eleições não são livres e, muito menos, democráticas. Além da “compra” de votos, há a intimidação, os votos que entram nas urnas sem que os eleitores votem, enfim, uma encenação da democracia.
MDM, a esperança, o futuro, a democracia e a liberdade
Perante este cenário, só resta à Oposição pedir a intervenção das Organizações Internacionais para supervisionarem o processo eleitoral e, depois, aguardar pelo processo de “autofagia” da Frelimo que poderá iniciar-se a qualquer momento, embora dependendo muito dos resultados eleitorais.
(Continua…)
NOTA: Na próxima Quinta-feira, 30/7, vou participar, na qualidade de ex-combatente, no programa "Destaques" da Rtv, das 16.00 às 17.30 horas. Este canal de televisão emite na posição 14 da Cabovisão Digital e na posição 21 da TvCabo. Espero colocar alguns excertos no Youtube.
Álvaro Teixeira (GE)
 

 


Publicado por gruposespeciais às 22:21
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Terça-feira, 9 de Junho de 2009

A DEMOCRACIA EM MOÇAMBIQUE CAMINHA PARA O FIM?

Estação dos Caminhos de Ferro - Maputo 

 

Peço desculpa por ainda não ter abordado a minha vida nos Grupos Especiais (GE), mas ainda não vai ser desta vez, porque há assuntos que considero mais urgentes e que são relativos à actual situação política em Moçambique.
Em Moçambique vive-se, neste momento, num regime falsamente chamado democrático, uma vez que a chamada Oposição não constitui uma alternativa de poder. O maior partido da Oposição, a Renamo, está num processo de “autofagia”, o que, a quatro meses de um processo eleitoral, não pressagia nada de bom.
 A Casa de Ferro - Maputo
Por outro lado, a Frelimo instituiu um clima de medo no País, que dificulta as movimentações do novo partido, Movimento Democrático de Moçambique (MDM), que está a ter uma forte adesão da juventude e das classes mais instruídas, cenário que está a provocar, dentro da Frelimo, uma forte agitação.
Tenho recebido largas centenas de mensagens que abordam os mais variados temas, tem a ver com a forma como deve ser passada a mensagem da MUDANÇA, mas há um tema que é, quase comum: “ Como será a vida, em Moçambique, pós-Frelimo?”.
E o que é curioso é que esta questão, também é colocada por “frelimistas”. Daqui concluir que Moçambique, ainda, vive uma situação fascismo mascarado. A Frelimo domina todas as actividades, sejam elas económicas, culturais, políticas, etc., com um sentido paternalista muito forte, não deixando desabrochar qualquer movimento pró-democracia. O objectivo da Frelimo passa por conseguir uma maioria qualificada de dois terços, a fim de poder modificar o regime. A Frelimo nunca conseguiu interiorizar a sua derrota concretizada nos Acordos de Roma, em 1992 e tudo tem feito para voltar à situação anterior aos referidos Acordos.
 
Imagem da Fortaleza - Maputo
Há outra questão que é comum a uma grande maioria das mensagens e que é o desconhecimento da história de Moçambique nos últimos 35 anos. Tenho procurado passar a informação de que o passado da Frelimo é tenebroso e que esse passado começou com o assassinato, pela própria Frelimo, do seu presidente Eduardo Mondlane. Ainda não encontrei uma pessoa que fosse que tivesse conhecimento desses factos. As reacções convergem para duas conclusões retiradas pelos próprios:
1 – A incredulidade perante os factos, um sentimento de revolta e o temor que outras coisas do mesmo género possam acontecer, num futuro próximo, se a Frelimo venha a conseguir um poder ainda mais absoluto;
2 – A desilusão das pessoas que pensavam que achavam a Frelimo um partido impoluto e não um grupo de assassinos e afirmam “A História que nos ensinaram, afinal, não passa tudo de uma mentira” ou “O Paraíso que nos descreveram, foi, afinal um Campo de Morte”.
 Estação dos Caminhos de Ferro - cidade da Beira
Através deste Blog, peço a todos os Democratas que apoiem os Democratas Moçambicanos que se estão a rever no MDM para um futuro melhor, mais próspero, mais livre e mais justo para Moçambique.
Usem e abusem do meu Mail, que eu farei chegar as mensagens aos destinatários.
Obrigado a todos
Álvaro Teixeira
 
Já depois deste de ter colocado este "Post" no meu Blog, recebi esta mensagem de Moçambique, da parte do Engº. Daviz Simango:

"Nacala 9/6/2008

Houve tentativa de atentado, mas graças a Deus, ele protegeu-nos.
A democracia em Moçambique está cada vez mais a deteriorar-se só você pode salvar Moçambique.
Porque juntos podemos! "

Isto é extremamente preocupante e confirma tudo o que escrevi no "Post".
 
Anexo a mensagem enviada para:
- Presidente da República Portuguesa
- Primeiro Ministro de Portugal
- Secretário-Geral da ONU
- Presidente dos EUA, Barack Obama
"
I am Portuguese, but y love Mozambique. The notices that y received of Mozambique are very preoccupied. The democracy it's on danger. Yesterday, on Nampula, Mozambique, is one attempt of one someone's life of Daviz Simango, president of the democrat party MDM. This party is founded of a son of a hero of the Liberation War, in Mozambique, Urias Simango, vice-president of Frelimo, and killed by Frelimo.
Y has a blog about Mozambique: http://guposespeciais.blogs.sapo.pt
The messages that y received of the people of Mozambique are very preoccupying. This case is a preoccupation of the Democratic World.
Democratic salutations.

 

"

 

Publicado por gruposespeciais às 15:58
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Sexta-feira, 22 de Maio de 2009

O MEU APOIO AO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE - Parte 2

(...Continuação)

Na sequência do "Post" anterior e, porque, segundo as informações que, diàriamente, me chegam de Moçambique e baseadas em várias fontes , a democracia moçambicana, tal como a conhecemos, poderá estar em perigo, uma vez que a Renamo não tem apresentado projectos mobilizadores para a sociedade moçambicana, muito por falta de uma liderança política efectiva.

Na Renamo, tal como na Frelimo, coexistem várias tendências, cujas fracturas estão mais exposta, dado não ser um partido do Poder, ao contrário da Frelimo que, enquanto poder, vai distribuindo os seu "boys", de forma a mostrar coesão.

Numa situação destas, num mundo em constante mudança e a grande crise que o Mundo está a atravessar, a tendência natural será a de manter o "status quo", do que avançar para grandes mudanças, a não ser que ser que as pessoas se revejam num Projecto Mobilizador, como o protagonizado por Barack Obama, nos EUA.

O Engº. Daviz Simango deverá ter isso em mente e, pelas informações que possuo, o seu projecto está a ter uma grande aceitação na juventude e nas classes mais instruídas.

 

Para conhecimento de todos, publico o Manifesto Político do MDM, sem qualquer comentário:

 

 

 

 

MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE  
(MDM)
MANIFESTO POLÍTICO
O Ano de 2009 poderá representar o ano mais decisivo para a democracia em Moçambique, desde que o nosso País passou a desfrutar de um ambiente multipartidário, de liberdade de expressão, liberdade de imprensa e associação política.
Foi a partir de 1992, na sequência do Acordo Geral de Paz em Roma entre a Frelimo e a Renamo, que a Independência Nacional conquistada em 1975, se converteu num verdadeiro reconhecimento da diversidade de ideias e opções de todos os moçambicanos. Antes disso, prevaleceu um regime que negava a diversidade política e ideológica, a iniciativa privada, a liberdade e a protecção dos bens pessoais e privados dos cidadãos.
Mas o perigo de que o regime mono partidário retorne sob a capa de um sistema multipartidário, é um risco cada vez mais iminente e crescente. Nas três últimas eleições multipartidárias, tanto ao nível autárquico como a nível nacional, as chances de alternância do poder político e da governação, diminuíram progressivamente de eleição para eleição. A consequência disto é que o partido actualmente no poder em Moçambique, governa e reina sem ter que prestar contas à sociedade moçambicana, pois não existe uma oposição politicamente forte e capaz de exercer uma monitoria efectiva e responsabilizadora da governação.
É preciso tomar consciência da situação paradoxal, em que se encontra a participação política dos moçambicanos. Passados mais de trinta anos de independência política, temos que reconhecer a situação humilhante da nossa moçambicanidade; os parceiros internacionais conseguem obter dele maior prestação de contas e responsabilização do Executivo em exercício, do que todas as Instituições Nacionais.
Esta lamentável situação pode ainda tornar-se pior se a Frelimo conseguir nas próximas eleições Legislativas e Presidenciais, previstas para o corrente ano, uma vitória idêntica à que conquistou nas eleições Autárquicas de 2008. O risco está à vista. Há que evitá-lo porque as consequências de tal cenário, podem ser fatais para a liberdade que a nossa geração conquistou e da qual Moçambique se tornou referência internacional.
Será que conseguiremos evitar tal perigo? A resposta a esta dúvida começou a ser dada de forma positiva, corajosa e determinada pelas bases da Renamo e milhares de outros moçambicanos, que no dia 28 de Agosto de 2008, se insurgiram contra a iminente capitulação e derrota que os munícipes da Beira iriam sofrer. Era claramente previsível que se aqueles moçambicanos, da segunda maior cidade de Moçambique, se tivessem resignado ao caminho apontado pela actual liderança do principal partido da oposição, com acento na Assembleia da República, o poder teria sido conquistado pela Frelimo. 
Este acto de afirmação e determinação política, constitui hoje a principal referência do valor da esperança e da consciência pró-activa e organizativa. O movimento da Beira nas recentes eleições autárquicas, converteu-se num movimento renovador, unificador e determinado, porque mostrou capacidade organizacional e mobilizador, na defesa de uma opção alternativa, contra as manobras impostas pelos dois maiores partidos políticos em Moçambique.
O ano de 2009 será decisivo para a democracia em Moçambique, porque de novo, mas agora a nível nacional, a maioria dos moçambicanos irão confrontar-se com o risco de capitulação da sua cidadania.
Comício de Daviz Simango (O Obama do Chiveve)
É neste contexto que surge o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), cujo objectivo mais imediato é preparar, organizar e mobilizar os moçambicanos, preocupados com o futuro da nossa jovem democracia, para impedir que a Frelimo conquiste nas eleições Provinciais e Legislativas, a maioria qualificada que tanto ambiciona; isto é, evitar que a Frelimo obtenha mais de dois terços de deputados na Assembleia da República, os quais validariam a efectivação de um novo mono partidarismo real, disfarçado de multipartidário. A consequência de tal situação são enormes, como por exemplo, a possibilidade de a Frelimo vir a tentar alterar a Constituição a seu belo prazer, para assegurar um outro mandato para o actual Presidente da República.
É preciso sermos realistas. Neste momento, nenhuma força política existente em Moçambique tem condições organizativas de mobilização e liderança, para assumir com sucesso a tarefa que o MDM se propõe realizar. Se o MDM vencer este objectivo imediato, certamente transformar-se-á numa plataforma política importante, para que os moçambicanos encontrem nele, a alternativa indispensável à realização de opções e escolhas que os partidos na oposição actualmente não proporcionam.
Construir um projecto político e social alternativo para Moçambique e para todos os moçambicanos, exige de cada um de nós, um enorme empenho e responsabilização individual e colectiva. Exige também conceber e construir instituições políticas e económicas mais justas, adequadas e eficazes, para uma maior estabilidade e sustentabilidade do desenvolvimento de Moçambique.
O MDM acredita que a Democracia deve ser o destino de Moçambique, pois foi este o caminho que a grande maioria dos moçambicanos escolheu seguir. Mas para isso, a liberdade e a igualdade de condições entre os moçambicanos, consubstanciados no respeito pela diferença e no estímulo à criatividade individual, devem constituir-se nos alicerces fundamentais, sem os quais a democracia, o Estado de Direito, o desenvolvimento humano e a justiça social, podem de facto florescer.
Daviz Simango não é um "chefe", mas um Líder
Estes factores devem ser devidamente valorizados pelos governantes e pelas classes políticas do País. Só assim se poderão criar sinergias para um rápido, efectivo e duradouro desenvolvimento de Moçambique.
Tal como o sol brilha para todos, o MDM tudo fará para que todos os moçambicanos sejam beneficiários das conquistas da Independência de 1975 e da Democracia de 1992. O MDM nasce para contribuir para uma paz duradoura e crescimento económico sustentável, sem exclusão e/ou discriminação com base na etnia, raça, religião, opção político/partidária ou região geográfica.
Moçambique pode ser um lugar melhor para todos os que nele nascem e vivem. Urge, portanto, que nos unamos em torno do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), cuja proposta de programa de acção oferece uma Agenda Política alternativa, realista e construtiva, em que os seus objectivos, prioridades e estratégias conduzirão seguramente a uma alternância progressiva e dignificadora, no actual quadro político, social e económico de Moçambique.
Beira, 07 de Março de 2009

 


Publicado por gruposespeciais às 15:56
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Sábado, 16 de Maio de 2009

O MEU APOIO AO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE - Parte 1

Conforme é do conhecimento público, este é um BLOG PESSOAL, pelo que todos os artigos de opinião são da responsabilidade do seu autor e nada têm a ver com as organizações de que faz parte.

Eu, pessoalmente, apoio o MDM (Movimento Democrático de Moçambique), porque penso estar aqui a alavanca para a transformação de Moçambique num país democrático, livre, justo e solidário. Tenho a consciência de que uma árvore não faz a floresta, mas muitas árvores, como esta, podem formar uma floresta maravilhosa.
Passados 34 anos sobre a independência de Moçambique, tempo que ultrapassa uma geração, este país maravilhoso continua na retaguarda do desenvolvimento e a ser um dos países mais pobres do Mundo, por obra e graça da Frelimo. Isto é, o modelo da FRELIMO esgotou-se na altura em que lhe foi entregue, de forma anómala, o poder. O novo Moçambique, tãoapregoado na Guerra de Libertação, acabou aí. Os “Campos de Extermínio”, as deportações, em massa, de populações, o enriquecimento fácil dos seus dirigentes, etc., serão só, para a história, os factos marcantes do regime frelimista. Do seu governo nada se aproveita. De nada servem as intervenções de Graça Machel em defesa do Samora, porque, como esposa e como ministra, tinha a obrigação de conhecer as actividades criminosas da Frelimo e, que eu saiba, nunca as denunciou.
Posto isto, acho que os movimentos provenientes da luta armada, pese, embora, o facto do papel relevante da RENAMO na sua luta contra a ditadura, deveriam abandonar o carácter frentista das suas organizações e transformarem-se em Partidos Políticos, baseados nos ideais que defendem, a fim de possibilitarem aos eleitores votarem no que, no seu entender, considerarem o melhor para o seu País. Os modelos “frentistas”,
 
Daviz Simango, à frente do Pai (Cairo - 1973) Daviz Simango - Edil da Beira
historicamente, evoluíram para regimes de partido único, com os resultados nefastos que todos conhecem, como, por exemplo, o Movimento Bolchevique, na Rússia. O “frentismo” integra tudo: políticos de extrema-esquerda, de esquerda, de direita, de extrema-direita, do centro, oportunistas, vigaristas, criminosos, proxenetas, etc., etc., isto é, engloba tudo e, dentro desse saco de gatos, tudo se confunde, os interesses pessoais prevalecem e o povo continua esquecido, razão pela qual, em 34 anos de “desgoverno” da Frelimo, um País, potencialmente rico, se transformou num dos mais pobres do Mundo.
É bom lembrar que a democracia não se esgota no voto, que só serve para legitimar o poder que os cidadãos escolheram. A democracia exerce-se no dia-a-dia, como o ar que se respira.
O M.D.M. estará a construir as bases da mudança, liderado por um Homem, Daviz Simango, cujo apelido dispensa qualquer comentário (os seus pais foram vítimas do regime criminoso do Samora Machel, apesar da sua luta contra o regime colonialista), que poderá apresentar  ao Povo de Moçambique  outras soluções, para além das que lhe foram impostas, e que passam pela Reconciliação Nacional, pela Liberdade, pela Paz, pela Justiça e pela Solidariedade.
 
Aproveito convidar os visitantes deste Blog a lerem o artigo da autoria da jornalista Clara Ferreira Alves:
Este é o maior fracasso da democracia portuguesa
por Clara Ferreira Alves
 
 
Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.
Leia o artigo no seguinte endereço (vale a pena ler):
http://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2009/05/este-%C3%A9-o-maior-fracasso-da-democracia-portuguesa.html
 
(Continua …)

Publicado por gruposespeciais às 15:20
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