As próximas eleições a realizar em Moçambique, no próximo dia 28 Outubro, serão, com toda a certeza, as últimas com os partidos, pelo menos na sua grande maioria, tal qual os conhecemos hoje. Já estamos a assistir à implosão da Renamo, com a “fuga” dos quadros e militantes para o MDM, o que irá permitir a este novíssimo Partido ter uma representação parlamentar, cuja dimensão não é, neste momento, quantificável, dada a sua exclusão na maioria dos círculos eleitorais. A implosão da Frelimo dar-se-á na precisa altura em que aqueles a quem eu tenho referido nos meus artigos anteriores como “anormais”, velhos e analfabetos, tanto do ponto de vista de formação académica, como de formação política sejam ultrapassados pelos novos quadros que não se revêem nos métodos, até aqui adoptados pelo regime frelimista.
Nestes últimos anos o Mundo mudou muito e, quando há relativamente pouco tempo se previam cerca de dez anos para que 80% das coisas mudassem, nesta altura os prazos de mudança das mesmas coisas já são inferiores a cinco anos. Daí a minha estranheza relativamente à existência dos planos quinquenais da Frelimo, mas que foram herdados do marxismo-leninismo, doutrina que este “partido”, ainda, não abandonou.
Em 2009 (34 anos após a independência) a fome continua a matar em Moçambique
Com a implosão do Império Soviético, nasceram novas filosofias políticas e económicas, precursoras da Globalização dos Mercados que vieram a acabar com os expansionismos imperialistas e, agora, só resta uma solução aos países subdesenvolvidos que é a sua abertura a novos mercados e criarem, eles próprios, os seus próprios mercados e desenvolverem as suas populações, a fim de que possam absorver a riqueza produzida por cada um. E é neste contexto que os países desenvolvidos estão interessados, com as suas ajudas, a desenvolverem os países colocados na cauda do desenvolvimento, não só por uma questão de solidariedade, mas, também, para a criação de novos mercados, dado que o Ocidente produz mais do que aquilo que consome. Esta crise mundial, que ainda não está perto do fim, embora se notem, já, alguns sinais de retoma, muito pelas medidas tomadas pelo presidente Obama e pelas economias europeias, irá obrigar a que os “anormais”, velhos e incultos, como os que ainda tentam prevalecer num país como Moçambique a abandonarem, quando menos o esperarem, o poder absoluto que mantêm sobre o seu Povo e entregá-lo a novos quadros, a novas ideias que se enquadrem nos valores da Democracia, da Liberdade, da Justiça Social e no direito de cada pessoa procurar a sua própria Felicidade.
Em Moçambique os tais “anormais”, velhos e incultos tudo fizeram para que as Eleições marcadas para 28 de Outubro constituíssem uma “palhaçada” de Exercício Democrático, dominada por duas organizações auto denominadas de “partidos”, Frelimo e Renamo, a fim de prejudicarem o único e verdadeiro partido que os poderia derrotar nas urnas, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), mas estou certo que nada irá calar a revolta do Povo perante estes actos anti-democráticos e que Moçambique nunca mais irá ser igual depois de 28/10/2009, porque os jovens e os habitantes dos grandes aglomerados populacionais não irão perdoar o atraso e o subdesenvolvimento a que, cada vez mais, estão votados.
A Libertação prometida e não consumada em 1975 irá ser feita agora, não com armas, mas com a grande força que o Povo Moçambicano está a reunir em torno de um grande partido democrático, o MDM.
(Continua…)
Ovar, 20 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)
(Gestor de Empresas e de Recursos Humanos)