Caros Amigos,
Criei este Blog no intuito de dar conhecimento das minhas opiniões relativamente à minha participação na Guerra Colonial, quer na Tropa Normal, quer como Combatente integrado nos Grupos Especiais (GE´s), em Moçambique, no período de Outubro de 1972 a Maio de 1974.
Tive conhecimento, há poucos dias, de que tem havido alguns encontros de ex-GE´s, mas, por desconhecimento, ainda não participei em nenhum.
Vou colocar um post com um pequeno resumo da minha vida militar, mas, antes disso, quero revelar os m/ contactos:
Álvaro Teixeira de Oliveira
tel: 256597260
tlm: 960491057
Este Blog está aberto à participação de todos os que, independentemente das suas convicções políticas ou religiosas, residentes em em Portugal ou no estrangeiro, tenham vivido a experiência da Guerra Colonial, em Moçambique a partir de 1972 e no período pós 25 de Abril de 1974.
Os testemunhos recolhidos e outro material, como fotografias, irão ser tratados tendo em vista a publicação de um livro, quando a quantidade e a análise dos testemunhos assim o justificar.
Não haverá qualquer tipo de censura e os artigos e fotos de interesse referirão, sempre, os seus autores.
Para enviar os documentos, poderão utilizar os seguintes endereços:
a.teixeira.o@sapo.pt
alvarotoliveira@gmail.com
Vamos trabalhar juntos.
Obrigado
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De antonio saramago a 26 de Dezembro de 2015 às 16:31
Caro Amigo, eu não fui GE eu era da companhia de Intervenção cart 7253, cheguei a M.Rovuma em janeiro de 73, portanto ainda sou do teu tempo
o ERNESTO em determinado momento passou-se novamente para a frélimo e antes disso como era ele o comandante dos GES de M. Rovuma ele põs o GES fazerem emboscadas ás nossas tropas e tudo isto porque o Comandante da CCS cortou nos alimentos para a PSICO, depois os soldados dos GES foram todos presos, nunca mais se soube nada do que lhes terá acontecido.
Correu a noticia em M. Rovuma de que o Ernesto tinha morrido numa armadilho num trilho dos FRÉLOS isto antes de Agosto de 74 altura em que FOMOS OBRIGADOS A ABANDONAR O AQUARTELAMENTO e ir a pé para Mueda, as veracidades dos factos não sei realmente quais são, isto foi o que nos informaram acerca do Ernesto, um abraço e ja agora apresento-mo
Antonio do Rosario Saramago sou de Santarém e por cá continuo. BOAS FESTAS.
De F. Pinto de Barros a 31 de Dezembro de 2015 às 00:18
Tudo bem. As intervenções que tive aqui como anónimo foi na perspectiva de evitar publicidades e fanfarronada gratuitas como vejo num ou noutro caso. E evidente que não tenho nada a esconder como nenhum de nos deve ter. Estive uns meses em Omar e depois fui para os GES. Quanto ao Ernesto, soube que os GES foram dizimados quase na totalidade. Lembro a entrevista da Graça Simbine, ex mulher e viúva de Samora Machel mais tarde casada com Nelson Mandela. Foi ministra da educação e sendo formada em Sociologia e espantoso como justificou os fuzilamentos: o governo de Moçambique não pode ter dentro do país homens altamente treinados conhecedores da mata e dos seus segredos. Eram uma ameaça para a segurança do governo e das populações. Logo a medida da sua eliminação impunha_se e foi assim que foi feito. Lembro os nomes do Armando, do Trindade, do Rachide, do Paulino, Xavier, Miguel,Assane,José Luís, Periquito( que se suicidou e deixou uma carta na mão a despedir_se de mim),Lucas,Lourenco,Candido, Maunda, Zé Manel e outros. Dizem_te alguma coisa estes nomes? Vou referir uma história engraçada: certo dia numa operação em data que já não recordo, proximo das margens do Rovuma, avistamos um elefante por entre a folhagem. Como eu tinha uma pequena pancada(hoje estou muito melhor...)meti na cabeça que tinha que o matar de nada valendo os avisos do Ernesto e dos outros GES. Dei_lhe mesmo um tiro e espanto dos espantos o bicho caiu. Os GES fugiram e eu fiquei sozinho. Passado algum tempo aproximaram_se e fomos ver. O elefante estava quase morto, esvaido em sangue porque tinha pisado uma mina anti carro e tinha uma pata desfeita e um rio de sangue a escorrer. Daí que tive esse caído com um simples tiro de G3. De tao fraco que estava. Da para acreditar? O Ernesto passou muito tempo a rir provavelmente da minha parvoíce. Os dentes do elefante deram depois uma grande chatice mas isto e outra história. Na CCS estava o Alf. Cruz( faleceu) e o Claro. Eu era o Alf. Barros do GE 209. Lembras_te? Pois então aqui estou eu mesmo. Se vieres a Chaves procuras o escritório do advogado Pinto de Barros e serás informado de imediato. Um abraço.
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