Conforme é do conhecimento público, este é um BLOG PESSOAL, pelo que todos os artigos de opinião são da responsabilidade do seu autor e nada têm a ver com as organizações de que faz parte.
Eu, pessoalmente, apoio o MDM (Movimento Democrático de Moçambique), porque penso estar aqui a alavanca para a transformação de Moçambique num país democrático, livre, justo e solidário. Tenho a consciência de que uma árvore não faz a floresta, mas muitas árvores, como esta, podem formar uma floresta maravilhosa.
Passados 34 anos sobre a independência de Moçambique, tempo que ultrapassa uma geração, este país maravilhoso continua na retaguarda do desenvolvimento e a ser um dos países mais pobres do Mundo, por obra e graça da Frelimo. Isto é, o modelo da FRELIMO esgotou-se na altura em que lhe foi entregue, de forma anómala, o poder. O novo Moçambique, tãoapregoado na Guerra de Libertação, acabou aí. Os “Campos de Extermínio”, as deportações, em massa, de populações, o enriquecimento fácil dos seus dirigentes, etc., serão só, para a história, os factos marcantes do regime frelimista. Do seu governo nada se aproveita. De nada servem as intervenções de Graça Machel em defesa do Samora, porque, como esposa e como ministra, tinha a obrigação de conhecer as actividades criminosas da Frelimo e, que eu saiba, nunca as denunciou.
Posto isto, acho que os movimentos provenientes da luta armada, pese, embora, o facto do papel relevante da RENAMO na sua luta contra a ditadura, deveriam abandonar o carácter frentista das suas organizações e transformarem-se em Partidos Políticos, baseados nos ideais que defendem, a fim de possibilitarem aos eleitores votarem no que, no seu entender, considerarem o melhor para o seu País. Os modelos “frentistas”,
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Daviz Simango, à frente do Pai (Cairo - 1973) | Daviz Simango - Edil da Beira |
historicamente, evoluíram para regimes de partido único, com os resultados nefastos que todos conhecem, como, por exemplo, o Movimento Bolchevique, na Rússia. O “frentismo” integra tudo: políticos de extrema-esquerda, de esquerda, de direita, de extrema-direita, do centro, oportunistas, vigaristas, criminosos, proxenetas, etc., etc., isto é, engloba tudo e, dentro desse saco de gatos, tudo se confunde, os interesses pessoais prevalecem e o povo continua esquecido, razão pela qual, em 34 anos de “desgoverno” da Frelimo, um País, potencialmente rico, se transformou num dos mais pobres do Mundo.
É bom lembrar que a democracia não se esgota no voto, que só serve para legitimar o poder que os cidadãos escolheram. A democracia exerce-se no dia-a-dia, como o ar que se respira.
O M.D.M. estará a construir as bases da mudança, liderado por um Homem, Daviz Simango, cujo apelido dispensa qualquer comentário (os seus pais foram vítimas do regime criminoso do Samora Machel, apesar da sua luta contra o regime colonialista), que poderá apresentar ao Povo de Moçambique outras soluções, para além das que lhe foram impostas, e que passam pela Reconciliação Nacional, pela Liberdade, pela Paz, pela Justiça e pela Solidariedade.
Aproveito convidar os visitantes deste Blog a lerem o artigo da autoria da jornalista Clara Ferreira Alves:
por Clara Ferreira Alves
Eis parte do enigma. Mário Soares, num dos momentos de lucidez que ainda vai tendo, veio chamar a atenção do Governo, na última semana, para a voz da rua.
Leia o artigo no seguinte endereço (vale a pena ler):
(Continua …)