Em dois confrontos separados as forcas governamentais que se desdobram numa ofensiva contra os guerrilheiros da renamo sofreram na manha de hoje grandes perdas humanas. O primeiro confronto registou na zona de Nhampoca, distrito de Nhamatanda, proximo de rio pungue, onde uma companhia das FADM foi emboscadas e sofreram 19 baixas fatais, varios feridos e perda de armas devido a debandada provocada pela surpresa.
Ja na zona de Nhamacuenguere, algures entre Dondo e Muanza, no troço em terra batida que vai a Inhaminga, uma outra companhia que se dirigia em direccao a uma suposta base de homens armados da renamo existente naquela area, foi surpreendida com uma emboscada tendo sofrido grandes baixas, 22 mortos e varios feridos. Tambem houve perdas de armas. Em ambas emboscadas as fadm foram surpreendidos com fogo intenso a curta distancia, dai as baixas serem pesadas.
Ainda na senda do conflito armado, reina em homoine um ambiente bastante tenso, agravado pelo facto de a fir ter prendido hoje um lendario grande ex-comandante da renamo, Bernardo da Silva Guambe, mais conhecido por "Nhangongorane". Ele foi preso hoje no seu estaleiro na vila de Homoine, acusado de ser espiao. Teme-se um ataque da renamo a esquadra local, pelo que as populacoes estao a fugir da vila.
In https://www.facebook.com/unay.cambuma?fref=pb&hc_location=friends_tab
NOTA:
Hoje e daqui, apelo ao antigo colega do Liceu Salazar, Joaquim Chissano, para que, com a autoridade que te advem de um passado vivido dentro da FRELIMO, de quem és Presidente Honorário, continue "apenas a ouvir" este teu tão profundo silêncio. Se queres deixar de ser apenas "mais um", fala fomem de Deus!
Se assim não procederes, a já pouca consideração que tinha por ti, lamento dizê-lo, não será nenhuma. O que te não fará diferença, acredito.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Por Carlos Nuno Castel-Branco
Senhor Presidente, você está fora de controlo. Depois de ter gasto um mandato inteiro a inventar insultos para quem quer que seja que tenha ideias sobre os problemas nacionais, em vez de criar oportunidades para beneficiar da experiência e conhecimentos dessas pessoas, agora você acusou os media de serem culpados da crise política… nacional e mandou atacar as sedes políticas da Renamo.
A crise político-militar que se está a isntalar a grande velocidade faz lembrar as antecâmaras do fascismo. Em situações semelhantes, Hitler e Mussolini, Salazar e Franco, Pinochet e outros ditadores militares latino-americanos, Mobutu e outros ditadores africanos, foram instalados no poder, defendidos pelo grande capital enquanto serviam os interesses desse grande capital, e no fim cairam.
Será que você, senhor Presidente, se prepara para a fascização completa do País? Destruir a Renamo, militarmente, é um pretexto. Fazer renascer a guerra é um pretexto. Parte do problema dos raptos – não todo – e do crime e caos urbano é um pretexto. Permitir a penetração da Al Quaeda em Moçambique é um pretexto. Pretexto para quê? Para suspender a constituição e aniquilar todas as formas de oposição, atirando depois as culpas para os raptores e outros criminosos e terroristas, ou para aniquilá-los em nome da luta pela estabilidade.
Senhor Presidente, você pode estar a querer fascizar o País, mas não se esqueça que a sua imagem e a do seu partido estão muito descredibilizadas – por causa de si e do seu exército de lambe botas. E essa credibilidade não se recupera com palavars e com mortos. Só se pode recuperar com a paz e a justiça social. O que prefere, tornar-se num fascista desprezível e, a longo prazo, vencido? Ou um cidadão consciente e respnsável que defendeu e manteve a paz e sugurança dos cidadãos, evitando a guerra e combatendo o crime?
Senhor Presidente, você tem que ser parte da solução porque você é uma garnde causa do problema. Ao longo de dois mandatos, quem se rodeou de lambe botas que lhe mentem todos os dias, inventam relatórios falsos e o assessoram com premissas falsas? Quem deu botas a lamber e se satisfez com isso, com as lambidelas? Quem se isolou dos que realmente o queriam ajudar por quererem ajudar Moçambique e os moçambicanos, sem pretenderem usufruir de benefícios pessoais? Quem preferiu criar uma equipa de assessores estrangeiros ligados ao grande capital multinacional em vez de ouvir as vozes nacionais ligadas aos que trabalham honestamente? Quem insultou, e continua a insultar, os cidadãos que apontam problemas e soluções porque querem uma vida melhor para todos (meamo podendo estar errados, honestamente lutam por uma vida melhor para todos)?
Quem acusa os pobres de serem preguiçosos e de não quererem deixar de ser pobres? Quem no principio e fim dos discursos fala do maravilhoso povo, mas enche o meio com insultos e desprezo por esse mesmo povo?
Quem escolheu o caminho da guerra e a está a alimentar, mesmo contra a vontade do povo maravilhoso? Quem diz que a guerra, e o desastre humanitário a ela associado, é um teste à verdadeira vontade de paz do povo maravilhoso? Por outras palavras, quem faz testes politicos com a vida do povo maravilhoso? Quem deixa andar o crime, a violência e a pobreza, quem deixa andar a corrupção, o compadrio e as associações criminosas? Quem nomeia, ou aceita a nomeação, de um criminoso condenado a prisão maior para comandante de uma das principais forças policiais no centro do país?
Quem se apropria de toda a riqueza e ao povo maravilhoso oferece discursos e dessse maravilhoso povo quer retirar (ou gerir, como o senhor diz) qualquer expectativa? Quem só se preocupa com os recursos que estão em baixo do solo, mandando passear as pessoas,os problemas e as opções de vida construídas em cima desse solo? Quem privatiza os benefícios económicos e financeiros dos grandes projectos, e depois mente dizendo que ainda não existem?
Quem se defende nos media internacionais dizendo que passou todos os seus negocios para os familiares enquanto é presidente – e quem é suficientemente idiota para aceitar isto como argumento e como defesa?
Quem divide moçambicanos em termos raciais e étnicos, regionais e tribais, religiosos e políticos – já agora, o que são moçambicanos de gema? Serão os autómatos despersonalizados e ambiciosos que nascem das gemas dos seus patos? O que são moçambicanos de origem asiática, europeia ou africana – são moçambicanos ou não são?
Quem ficou tão descontrolado que hoje acusa os media de serem criadores do clima que se vive no país – foram os media que se apropriaram das terras, iniciaram uma guerra, deixam andar o crime urbano e foram pedir conselhos ao Zé Du? Que tipo de media você quer? Um jornal noticias que não tem uma referência destacada a três grandes manifestações populares pela paz e seguranca e justiça social que aconteceram ontem no nosso país, embora tenha uma noticia sobre manifestações contra violações no Quénia? Porque é que as manifestações dos outros são verdade e as nossas mentira?
E, já agora, senhor Presidente, pode esclarecer-nos quem matou Samora?
Senhor Presidente, você não merece representar a pérola do Indico nem liderar o seu povo maravilhoso. E desmerece-o mais cada dia. Você foi um combatente da luta de libertação nacional e um poeta do combate libertador, mas hoje não posso ter a certeza que liberdade e justiça tenham sido seus objectivos nessa luta heróica.
O povo maravilhoso, ontem, prestou homenagem a Mocambique, a Mondlane e Samora, aos valores mais profundos da moçambicanidade cidadã e da cidadania moçambicana. Foi bonito ver as pessoas a manifestarem-se por causas justas comuns, a partilharem a água e as bolachas, a abraçarem-se e distribuirem sorrisos, a apanharem o lixo que uma tão grande multidão não poderia deixar de criar. Foi bonito ver quão bonitos e cívicos Moçambique e os moçambicanos, na sua variedade, são. Foi bonito ver os cidadãos aplaudirem a polícia honesta e abraçarem os seus carros, e os polícias absterem-se de atacar os cidadão. Foi bonito ver que conseguimos juntar uma multidão consciente, cívica e honesta, que o seu porta voz partidário, Damião José, foi incapaz de desmobilizar. Foi bonito ver a bandeira e o hino nacionais a cobrirem todos os moçambicanos, moçambicanos que são só moçambicanos e nada mais.
E no seu civismo e afrimação da cidadania moçambicana, esta multidão para si só tinha três palavras: “fora, fora, fora”. Tenha dignidade e, pelo menos uma vez na vida, respeite os desejos do povo. Reuna os seus patos e saia, saia enquanto ainda há portas abertas para sair e tempo para caminhar. Não tente lutar até ao fim. Isso só vai trazer tragédia, mortes e sofrimento para todos e, no fim, inevitavelmente, você e todos os outros belicistas, criminosos e aspirantes a fascistas, sejam de que partido forem, serão atirados para o caixote do lixo da história. Saia enquanto é tempo, e faça-o com dignidade. Ninguém se esquecerá do que você fez – de bem e de mal – mas perdoa-lo-emos pelo mal por, pelo menos no fim, ter evitado uma tragédia social e saído com dignidade.
Que, pelo menos, o seu último acto seja digno e merecedor deste povo maravilhoso. E, enquanto se prepara para sair, por favor devolva ao país e ao Estado a riqueza de que você, a sua família e o seu grupo de vassalos e parceiros multinacionais se apropriaram. Leve os seus patos mas deixe o resto. E, por favor, use as presidências abertas, pela última vez, mas para se despedir, pedir desculpas e devolver a riqueza roubada.
Saia, senhor Presidente, enquanto ainda é suficientemente Presidente para sair pelas suas próprias pernas.
Você sabe, de certeza, o que quer dizer “A Luta Continua!” Então, saia.
E não perca tempo a abater ou mandar abater ou encorajar a abater ou deixar abater alvos seleccionados, sejam eles quem forem. O sangue de cada um desses alvos só vai engrossar ainda mais o rio em cheia que o atirará a si, e seus discípulos, como carga impura, para as margens do rio poderoso fertilizadas pela luta popular. O povo não morre, e é o povo, não um alvo seleccionado, seja quem for, quem faz a revolução. Não se esqueça que a fúria do rio em cheia é proporcional à água que nele flui e à pressão que sobre ele exercem as margens opressoras.
Senhor Presidente, não tente fascizar Moçambique. Se o fizer, pode levar tempo, podem muitas vidas ser encurtadas pelas suas forças repressivas de elite, mas se seguir este caminho, você sairá derrotado. A história não perdoa.
Adeus, senhor Presidente, vá descansar na sua quinta com a sua família e dê à paz e à justiça social uma oportunidade nesta pérola do Índico e em benefício do seu maravilhoso povo. Por favor.
Não lhe queremos mal. Mas, acima de tudo, queremos a paz e que os benefícios do trabalho fluam para todos.
Fonte: http://www.mozmaniacos.com/2013/11/carta-aberta-ao-presidente-de-mocambique.html#ixzz2ood170kY
Grupos Especiais - Moçambique
28 de Dedembro de 2013
Respondam-me a estas inquietações, sem rodeios!
Quando alguém assume um compromisso, sobretudo de natureza social, deve rigorosamente cumpri-lo sob pena de defraudar os anseios de quem dele espera lealdade. Um compromisso é um pacto social, com o grupo social que se pretende servir.
Quando comecei a escrever estas linhas mostrando as minhas inquietações, eu tinha a plena consciência de que a capacidade de análise não é propriedade somente minha, mas sim um direito inalienável de pensar de todos e liberdade constitucional de cada um colocar publicamente as suas ideias.
Os meus parabéns a todos aqueles que não comungam comigo o mesmo pensamento, mas aceitam debater ideias e não têm o preconceito de que são ideias de colonialismo em todas as suas dimensões e premissas, nacionalismo, patriotismo, regionalismo, capitalismo, imperialismo, corrupção, esclavagismo e racismo, entre outros, ismos que foram combatidos com vista a trazer a construção de uma sociedade equilibrada diferente da que hoje observo: – Um fosso abismal entre novos ricos e os mesmos pobres de ontem.
E a pergunta que paira em mim é: foi este o sentido de orientação da luta de libertação? Se temos companheiros que tombaram porque tinham ideias de enriquecimento ilícito donde vem esta ideia e, porque é que hoje independentes não nos esforçamos no sentido de se enriquecer honestamente e não a custa do erário público e com comissões de delapidação dos recursos públicos que são de todos?
Setembro passado, iniciei a mostra das minhas inquietações que, afinal são de uma maioria significativa dos cidadãos que, diariamente nas barracas, nos “chapas”, nos mercados em convívios, nos falecimentos não falam de mais nada senão indignarem-se com a pergunta ( kasi a huma kwini ye lwe wa nuna a hi disaka a khay khay, a djula yini lepswi a ganyiki), afinal quem é este homem que nos faz comer o pão que o diabo amassou, o que pretende se já está rico?
Senhoras e senhores libertadores da pátria, quando vos pergunto não é porque todos vós estais na lista dos corruptos ou sejam insensíveis é pelo facto do vosso silêncio que aos olhos de todos significa ou medo de quê, não sei, ou aceitação do que se está a passar no pais, ora senão vejamos:
Tal como afirmei anteriormente, o cidadão Joaquim Chissano deixou a Presidência deste país, tendo aceitado transformar a governação do partido único em multipartidarismo, celebrado o acordo geral de paz que devolveu a tranquilidade, irmandade e paz aos moçambicanos.
Entre outras coisas, iniciou a reconstrução do país devastado pela guerra, permitiu a realização de eleições mais ou menos pacíficas e trouxe a liberdade de expressão e de associação e, quando chegou a vez de lhe tirarem saíu e, soubemos anos luz quem o iria suceder.
Sim, houve problemas na governação de Chissano mas não atingiu tamanha dimensão como estamos hoje, por exemplo, com o Presidente Guebuza.
Este, quando iniciou a sua governação começou por ridicularizar o seu antecessor e todos os que com ele governaram de possuírem o espírito do “deixa andar”, mas nenhum de vós se insurgiu, incluindo o próprio Chissano. De quê tinham medo?
Iniciou com o culto de personalidade, mas nenhum de vós se insurgiu, lembrando que na Frelimo os dirigentes são os primeiros no trabalho e últimos nos benefícios.
Quando iniciou com celebração dos seus negócios de uma forma galopante, pegando tudo o que é negócio para si e para a sua filha ninguém se insurgiu de dentro da Frelimo senão os médias a denunciarem e a espera do vosso pronunciamento já que na Frelimo houve pessoas que foram executadas e expulsas porque entendiam de negócios. Será que foram eliminadas para outros entrarem na concorrência?
Então porque nos mentiram dizendo que eram reaccionários?
Quando iniciou a campanha contra a democracia permitindo que jovens incendiassem, perseguissem e espancassem quem não é do partido Frelimo, nenhum de vós se insurgiu, dizendo que a Frelimo é um partido dos moçambicanos. Um partido pacífico, aglutinador e de paz que lutou para que todos nós possamos viver em paz e harmonia. Aplaudiram ou se entristeceram no íntimo, quando isto aconteceu?
E, quando começou a perseguição de todos os que são a favor de Chissano ou mesmo da sua forma de trabalho, o que fizeram? Perguntem ao Frangoulis como se sente com a sua família e quem dele hoje se aproxima? Perguntem ainda ao Manhenje e outros, só para dar alguns exemplos, mas na verdade são muitas as pessoas que nos relatam as suas peripécias de medo e terror e nenhum de vós influentes se indignou e se insurgiu. Será que anuíram? Uma nota estou a ler um livro interessante de Dalila Cabrita e é tão interessante que no triste e doloroso julgamento que Samora fez aos ex-presos políticos dois grandes homens se posicionaram contra o fuzilamento daqueles em particular ao Matias Mboa marido da falecida Ivete a quem considero Herói vivo e são Joaquim Alberto Chissano e Mariano Matsinhe o que mostra que as suas idias eram contrarias as de todos e hoje que medo teem? Já nessa altura dizia-se que não se queria imperialistas e exploradores ou entendem que só é explorador quando se tem outra cor se olharmos a dimensão de choros dos trabalhadores das mpresas de segurança onde quem são os donos? A exploração dos trabalhadores da track e quem são os donos? A exploração dos automobilistas que pagam as portagens e espatifam carros pelas más condições da N4 só e só em Moçambique que vergonha. Os trabalhadores da Mozal Vales e outros e que ate o racismo de senfreado e todos gritam de igualdade qual igualdade racismo com nosso governo é pior que racismo de colono porque o colono é passageiro.
Apesar de eu ter colocado na lista dos questionados, sinto pena quando o Jorge Rebelo é tratado como está sendo tratado, esquecendo-se que ele contribuiu muito para se fazer esta pátria, mesmo com erros mas está limpo de dignidade. Quem de vós terá tanta dignidade como ele, para lhe tratarem assim com desprezo? Pensem no que estão a semear, porque quem semeia ventos colhe tempestades.
Quando sob o vosso olhar impávido e serenos olham para as populações serem despojadas das suas terras pelas empresas onde Guebuza e seus filhos são sócios, o que dizem? Porque eu, como Mabota, apareço e digo não, e defendo sem capacidade o fim do sistema corrupto da nossa justiça. Olhem que quando Chissano deixou o poder os cidadãos confiavam mais no Presidente da República, ONGs e igrejas do que em outras instituições.
Hoje só confiam em ONGs e midias que são entulhados pela propaganda malévola e triunfalista do regime. Senhoras e senhores libertadores, hoje já não se ensina a ler, escrever e interpretar. Cada palavra de qualquer pessoa, até do papa, é alvo de uma análise profunda e de críticas. É, por isso, que tudo o que fazem é alvo de reparos. Se ontem poderíamos dizer a quase tudo sim, senhor, hoje não, porque qualquer passo deve ter o porquê e para quê.
Quando Guebuza começa a chamar para si todos os feitos, então a sociedade chama para ele todos os males. Como é que os dirigentes dele cá fora dizem uma coisa e lá dentro ou calam ou lhe ajudam a entrar na fossa e ninguém diz nada?
Como é que cada frase que tira ou ideia que lança é mal recebida. Quando diz vamos plantar Jatropha, todo o cidadão, pergunta para quê? O que é isso? Vai queimar a terra. Quando fala de revolução Verde, que revolução? Geração da viragem, virar para onde? Já o Padre Couto, quando Reitor da UEM questionava isso. Trata os seus críticos de Apóstolos da desgraça, quantos? se Cristo só tinha 12…, afinal com quem dialoga?
Em estados normais existem homens grandes de barba branca e cabelos brancos cuja função é estudar e aconselhar o poder e não um grupo de amigos que comem com o chefe de estado. Lembrem-se que os que lhe aconselham a esse tipo de governação vão cair com ele como caiu o Mobuto , que até era o mais rico de África e, nem sequer teve dignidade de ser enterrado no seu solo pátrio. Sorte idêntca teve Idi Amin Dada que até comia carne de gente (canibalismo) para mostrar o seu poder e valentia mas morreu como um desgraçado fora do seu solo pátrio. Já muito recentemente, temos o exemplo do General Kadafi que possuía pistola de ouro e morreu por onde passam fezes. Quem nao se lembra ainda hoje de Sadam Hussein que possuía 100 carros e casa cheia de ouro e morreu como um macaco no mato e a barba cheia de piolhos. Este poderoso homem forte do Iraque era tão temido como um Hitler que no seu tempo tinha, Joseph Goebbls, como seu ministro de propaganda, o qual fazia propaganda falsa de como este era querido, mas teve de se suicidar como um ladrão desesperado. Tal foi o fim trágico do homem que o mundo temia.
Sabem, senhoras e senhores libertadores, aprendam de Mandela que lhe retardam a morte pela sua humildade. Ele espera que o digam, Mandela querido, e não apregoa por aí a ninguém que eu sofri na cadeia, por isso, deixem-me ter tudo o que não tive. Certamente, como qualquer outro ser humano, ele, sim, passará da terra mas na mente de gerações não passará jamais. Será como Cristo e Maomé que são filhos de Deus e jamais passarão da boca dos seres vivos a bendizerem-lhes.
O mundo de hoje está no mesmo quintal mas em quartos separados, nada se perpetuará de acordo com o que cada um de nós quer. Isto quer dizer que, temos de fazer algo em prol da comunidade para que seja ela a louvar os nossos feitos e não nos esgrimir em elogios pessoais, ou culto de personalidade para mostrar o que fizemos, as obras devem falar por si.
Sempre com a promessa de um dia voltar, termino questionando como é que o pais é dirigido por este homem que tanto sofrimento causa ao povo? Vamos analisar friamente esta questão para me dizerem se tenho ou não razões de me inquietar! Voltarei na III.
Maria Alice Mabota
Nota. Ao respeitado Adelino Buque, devo dizer que tem razão de sobra sobre o que viu na internet sobre o cidadão Armando Emílio Guebuza. O meu interesse não é o local e a data do seu nascimento. Quero, é, saber que antecedentes sobre apetência e ostentação de riqueza tinha este homem durante a luta de libertação nacional. A informação que temos é que a Frelimo era contra a apropriação da riqueza nacional nas mãos de poucos e hoje o seu dirigente máximo faz o contrário. Nas suas mãos e de sua família está acumulada ilicitamente grande parte da riqueza de Moçambique. Que eu saiba, Adelino Buque, que me responde, não é combatente da luta de libertação, mas não é por isso que devo limitar a sua opinião. Todos temos o nosso contributo a dar, mas esta carta é especificamente dirigida aos prestigiados libertadores da pátria moçambicana do jugo colonial português que ontem combatiam isso. Sobre este acalorado debate, que já está a começar, é momento para recordar o falecido jornalista, Carlos Cardoso, quando dizia “no oficio da verdade é proibido pôr algemas nas palavras”.
13 de Outubro 2013
Alice Mabota
Senhor Guebuza, pare de lixar este País!
Por uma questão de humildade intelectual, devo confessar que o título não é da minha inteira responsabilidade. As palavras originais são de uma humilde senhora que em reacção à interrupção de fornecimento de água por manifesta incompetência do Governo, disse a STV as seguintes palavras: “senhor Guebuza, se não quer Governar nos deixe em paz”! O pronunciamento não podia estar mais imerso no poço da lucidez, tal como a intervenção não podia estar mais inspirada nos mais elementares cânones do patriotismo.
Senhor presidente, tomei a liberdade de lhe escrever este pequeno comentário, para na qualidade de cidadão discordar in toto com os seus procedimentos. Mas, gostaria antes, de lhe informar, caso não saiba, que o senhor Presidente é, neste momento o cidadão mais impopular da nossa praça.
Contrariamente ao que os seus correligionários dizem, o senhor presidente é, simplesmente, o cidadão menos querido de um total de mais de 22 milhões de moçambicanos. E isso não é fixação, senhor Presidente, é a mais crua realidade. Aliás, mais da metade da população moçambicana encontra no senhor Guebuza o culpado pelo seu insucesso, falta de esperança e frustração. Uma das cidadãs é a que teve a oportunidade de o dizer ontem diante de câmaras na televisão.
E esta grossa franja da população tem suas razões. Uns votaram por duas vezes em si e acreditaram no que o senhor andou a prometer durante as duas campanhas eleitorais. Outros simplesmente já o conheciam e não acreditavam no senhor e vêem-se agora a viver o apocalipse político-social de um País que tinha tudo para dar certo, e ser um lugar normal para se viver.
Mas convêm esclarecer-lhe senhor presidente, onde tudo começou. Se bem que Carlos Cardoso em 1997 previu que tudo iria começar com a sua indigitação a candidato à presidência da República. Profecias, embora certas, à parte! tudo começou com a gestão de expectativa. O senhor apresentou-se como o salvador do País, com um discurso intriguista que visava colocar o Presidente Chissano numa situação de vilão. Prometeu acabar com tudo que na sua óptica, foi introduzido por Joaquim Chissano. Mas o tempo e os acontecimentos estão a provar que era tudo mentira! Da corrupção à pobreza, tudo aumentou. Das oportunidades à esperança, tudo privatizou. Liberdades? Simplesmente coarctou-as.
Transformou a Frelimo numa seita religiosa que difunde o medo e o ódio. Medo de Guebuza e ódio a quem não cultua Guebuza. Transformou pessoas inteligentes em autênticos pacóvios. Conseguiu levar jovens com formação superior e com tanta energia e conhecimento, e transformou-os em sindicalistas do delírio. Andam de televisão em televisão e nas redes sociais a demonstrarem a necessidade urgente de um psiquiatra nas suas vidas, tudo em defesa do indefensável materialmente corporizado pelo senhor.
Senhor presidente, o senhor apresentou-se como “salvador” do País, e tudo indica que vai sair certamente, como o “destruidor” do País. Na verdade o senhor Guebuza está agora a ser vítima da sua campanha populista. O que houve na verdade, é uma espécie de “inflação de expectativas” e o correspondente efeito “boomerang” tratado em Marketing político. O senhor inflacionou as expectativas dos eleitores e não conseguiu cumprir um terço daquilo que andou a prometer. Tudo que disse que ia combater triplicou ou quadruplicou no seu reinado. Tudo o que disse que ia dar não deu e acumulou para si. Não é por acaso que todos os seus próximos são os cidadãos mais ricos do País e estão entre os mais ricos de África. Que o diga a sua primogénita filha, senhor presidente.
Nos últimos seis meses, não deixa de ser estranho, senhor presidente, que todos os jornais e televisões abram os seus serviços noticiosos com pessoas vítimas do “Guebuzismo”. Para efeitos deste comentário, vamos defini-los como todos os cidadãos que o senhor está a prejudicar com a sua desgovernação. Ora são funcionários que lhes é negado o direito à greve, ora são médicos a serem detidos, são desmobilizados a serem espancados e detidos ilegalmente, são milhares de jovens licenciados que continuam pendurados nas residências universitárias e terraços sem qualquer tipo de esperança, são jovens que passam a vida a subtrair dias da sua própria esperança de vida com bebidas espirituosas que o senhor deixou entrar como “investimento”, são militantes da oposição a serem perseguidos e detidos ilegalmente, antigos combatentes de que o senhor tanto fala a serem desalojados das casas em que vivem há 38 anos para lugar incerto, é a população que vai ficar sem água nos próximos dias por culpa da arrogância da sua equipa. Até militares já assaltam cidadãos! Todos esses sabem que o culpado de tudo chama-se Armando Guebuza. Todos estes sabem que é Guebuza que está a dar-lhes cabo da vida. Todos esses, sabem que estão como estão, por culpa do senhor Guebuza.
Nas redes sociais só se fala do senhor, pelas mais desprestigiantes motivações. Aliás nas igrejas, nos hospitais, nos bares, nas casas de prostituição, nas escolas, nos “chapas” e nos cafés só se fala do senhor Presidente como o cidadão mais impopular. Os debates televisivos tratam do senhor pela negativa. Todo mundo diz que o senhor está a dar cabo do País. E isso, infelizmente é verdade, senhor Presidente.
Sei que este meu comentário lhe chegará às mãos, e estará um grupo de pessoas a dizer-lhe que tudo isto que aqui elenquei são mentiras inspiradas no antipatriotismo. Sei disso senhor Presidente. Mas se achar que tudo isto é mentira coloque-se o seguinte desafio: entre numa escola, mercado, igreja ou bar e apresente-se como Armando Guebuza e fique atento ao que vai acontecer nos próximos segundos.
O senhor teve o mérito de colocar o País numa situação de extrema pobreza e de falta de esperança já mais visto. Não há registo de tanta miséria nas famílias, e revolta acumulada como agora, excepto quando estávamos em guerra. E isso é obra senhor Presidente! Obra da incapacidade! Em nome do bom senso subscrevo-me com um patriótico pedido que sinceramente espero colher da vossa parte uma afável receptividade: senhor Guebuza, pare de lixar este País!
Maputo, 7 de Setembro de 2013
Cândido José Langa
Hoje, por curiosidade, fui à Wikipédia, a fim consultar algumas biografias e a minha curiosidade levou-me às biografias de Eduardo Mondlane, Filipe Magaia e Josina Machel. Verifiquei que as circunstâncias da suas mortes coincidem, em quase tudo, com as versões da Frelimo e que em nada correspondem à realidade.
As informações que possuo e que têm sido objecto de Posts no meu Blog são-me fornecidas por fontes fidedignas e provenientes de figuras da Frelimo que, como é óbvio, não querem ser identificadas.
Quanto às mortes dos dirigentes da Frelimo a que acima me refiro, tenho a esclarecer o seguinte:
EDUARDO MONDLANE
Assassinado em 1969, na residencial de Betty King, sua amante, em Oyster Bay pela ala marxista-leninista-maoista, liderada pelo Samora Machel, que, depois de assumir o comando da guerrilha da Frelimo, pretendia o seu poder total, apoiado, entre outros, por Joaquim Chissano e Armando Guebuza o que, de facto, veio a acontecer no II Congresso da Frelimo.
Eduardo Mondlane foi vítimas das purgas realizadas pelos maoistas da Frelimo que vieram a dominar este movimento.
A Frelimo, para ilibar qualquer membro da facção maoísta, acusou a polícia política portuguesa (PIDE) pelo atentado. As autoridades tanzanianas fizeram inquéritos, mas que não levaram a qualquer conclusão. A facção do Samora Machel saiu ilibada do assunto e assumiu o poder na Frelimo depois da morte de Mondlane.
FILIPE MAGAIA
Assassinado em 1966 numa emboscada preparada pelo Samora Machel, para lhe retirar o comando da guerrilha, tomar o seu lugar e ficar com a sua namorada Josina Mutemba. Esta operação teve o beneplácito do Eduardo Mondlane, que nomeou o Samora comandante da guerrilha, tendo este vindo a casar com a Josina Mutemba, que passou a ser conhecida como Josina Machel.
Também este assassinato foi atribuído aos portugueses que teriam preparado a emboscada. Na realidade ela foi feita por elementos da Frelimo que foram fuzilados após a operação que foi conduzida pelo Lourenço Matola, chefe de guerrilha da Frelimo, que acabou por ser , também, liquidado.
JOSINA MACHEL
Assassinada no hospital de Dar es Salam para onde tinha sido enviada, depois de constatada a sua segunda gravidez. Morreu envenenada, por ordem do Samora Machel em 1971.
A Wikipedia diz que ela terá sido assassinada por estar grávida de Filipe Magaia o que não é possível, dado que este tinha sido assassinado em 1966.
No ano de 1969, apresentou-se na Frelimo, Graça Simbine por quem o Samora Machel se apaixonou e aqui estará a razão do assassinato da Josina Machel e a Graça Simbine (Machel) assumiu as funções de chefia do Departamento Feminino da Frelimo.
Claro que isto não é mera coincidência, porque o Samora Machel viu na Graça Simbine (Machel) qualidades que o ainda reforçariam mais como líder da Frelimo.
Espero que estes esclarecimentos tenham sido úteis para que estuda e escreve a história de Moçambique.
Nota: Este artigo foi enviado para a Wikipédia, para a reposição da verdade.
Para consulta, poderão ver o meu post sobre alguns assassinatos da Frelimo em:
http://gruposespeciais.blogs.sapo.pt/11216.html
Ovar, 11 de Março de 2013
Álvaro Teixeira (GE)
Até quando é que a Oposição à Frelimo vai esquecer os seus Heróis?
Uria Simango foi um membro fundador da FRELIMO, com estatuto de Vice-Presidente desde a sua formação até a data do assassinato do seu primeiro líder, Eduardo Mondlane, em Fevereiro de 1969. Simango sucedeu a Mondlane na liderança da FRELIMO mas, na luta pelo poder após a morte de Mondlane, a sua presidência foi contestada. Em Abril de 1969, a sua liderança foi substituída pelo triunvirato composto pelos marxistas de linha dura Samora Machel e Marcelino dos Santos assim como Simango. Nos finais da década de 1960, a FRELIMO foi afectada por lutas internas fratricidas com vários membros a morrerem por causas não naturais.
O triunvirato não durou; Uria Simango foi expulso do Comité Central em 1969, e Samora Machel e Marcelino dos Santos acabaram por assumir o controlo total da FRELIMO. Em Abril de 1970, Simango fugiu para o Egipto onde, juntamente com outros dissidentes tais como Paulo Gumane (Vice-Secretário Geral fundador da FRELIMO), se tornou líder do Comité Revolucionário de Moçambique (COREMO), um outro pequeno movimento de libertação.
Depois da Revolução dos Cravos em Portugal em 1974, Simango retornou a Moçambique e criou um novo partido político o "Partido da Coligação Nacional" (PCN) na esperança de disputar eleições com a FRELIMO. Com ele juntaram-se ao PCN várias outras figuras proeminentes do movimento de libertação e dos dissidentes da FRELIMO: Paulo Gumane e Adelino Gwambe (também membro fundador da FRELIMO), o Padre Mateus Gwengere e Joana Simeão.
A FRELIMO recusou eleições multipartidárias. O governo português pós-1974 entregou o poder exclusivamente à FRELIMO, e Moçambique tornou-se independente em 25 de Junho de 1975. Samora Machel e Marcelino dos Santos assumiram os cargos de Presidente e Vice-Presidente respectivamente. Graça Machel foi nomeada Ministra da Educação e Joaquim Chissano Ministro dos Negócios Estrangeiros. Uria Simango foi preso e forçado a fazer uma confissão pública de 20 páginas em 12 de Maio de 1975 no Centro de Reabilitação e Reeducação de Nachingwea, onde se retractava e solicitava reeducação. A sua confissão forçada pode ser ouvida em linha. Simango e os restantes líderes do PCN nunca mais foram libertados. Simango, Gumane, Simeão, Gwambe, Gwengere e outros foram secretamente liquidados numa data indeterminada entre 1977-1980. Nem o lugar onde foram executados, nem a maneira como a execução ocorreu foram até hoje divulgados pelas autoridades. A esposa de Simango, Celina Simango, foi separadamente executada algum tempo depois de 1981, e não há registo público de detalhes ou da data da sua morte.
Nota: Uria Simango, Padre Mateus Gwengere, Drª. Joana Sineão, Paulo Gumane, Júlio Razão, Lázaro Kavandame e outros foram transportados do Campo de Extermínio Metelela, com a indicação de que iriam para Lichinga (Vila Cabral), para, daí seguirem para Maputo (Lourenço Marques), a fim de que os seus processos fossem examinados e proceder-se à sua libertação. Quando as viaturas que os transportavam chegaram à terceira ponte da picada que ligava Metelela (Nova Viseu), pararam ao lado de uma vala, com o fundo cheio de lenha seca, os prisioneiros foram obrigados a descer das viaturas e empurrados para a vala e regados com combustível ao qual foi deitado fogo. Morreram queimados vivos, por ordem da Frelimo de Samora Machel, Marcelino dos Santos, Joaquim Chissano, Sérgio Vieira, Armando Guebuza e outros, ao som de cânticos “revolucionários” dos guerrilheiros da Frelimo.
O local destas execuções está devidamente identificado e deveria ser um lugar "sagrado" para todos os opositores da Frelimo.
Ovar, 5 de Março de 2013
Alvaro Teixeira (GE)
Estamos em 6 de Janeiro de 1974. Aproximava-se uma coluna militar e civil com carga crítica para a Barragem de Cahora Bassa e havia necessidade de fazer a limpeza, em termos de possíveis ataques à coluna que, entre outro material, transportava as turbinas para a Barragem e um qualquer róket que as atingisse poderia provocar danos consideráveis e atrasar em alguns meses a sua instalação.
Saí da base, no Fúdze, cerca das cinco horas da manhã, para fazer o patrulhamento até Nhampassa, local onde passaria o testemunho aos militares vindos Guro. Levei todo o Grupo Especial e partimos em direcção a Norte, batendo todos os pontos favoráveis à montagem de emboscadas. Tudo corria normalmente sem vestígios de presença do inimigo.
Cerca das 10 horas, deparei-me com uma clareira, antes de uma curva da estrada e verifico que, após um baixo arvoredo, havia uma encosta de penhascos, não muito alta, mas que, depois de uma minuciosa análise, concluí que seria um local óptimo para uma emboscada. Continuei pela estrada até ao fim da clareira e mandei parar o Grupo que avançava pelos dois lados da estrada. Dei instruções ao Vasco, que era o militar mais preparado e com um grande sentido de liderança, e mandei avançar o Grupo, mas mais devagar e com atenção redobrada.
Fiquei para trás com mais três militares e embrenhei-me mais um pouco na floresta até ficar com a cabeça do desfiladeiro à vista. O Grupo foi avançando e reparo que lá no alto me aparece um corpo, que, de imediato, se escondeu. Era ali que estava preparava a emboscada que tanto temíamos. O Grupo continuava a avançar e preparei-me para disparar, com a G3 apoiada num ramo de uma árvore e logo que o Grupo entra na zona de morte da emboscada, vejo, de novo o corpo erguer-se. Foi só um disparo e vejo a cabeça a desfazer-se com o impacto da bala. De imediato, comecei a subir a pequena encosta com os três militares que tinham fica comigo e, quando chego ao cimo, já não vejo mais ninguém, apenas um corpo com a nuca quase desfeita. Nunca imaginei o que iria encontrar. Era o corpo de um norte-coreano, dos diversos atiradores especiais que apoiavam a Frelimo, mas a arma dele que deveria ser uma Simonov, já lá não estava, apenas se via a poça de sangue por baixo da cabeça. Pelo que vi em redor, o número de guerrilheiros deveria ser grande. Informei, via rádio, o Comandante de Operações de Vila Gouveia e, passado pouco tempo, já três helicópteros sobrevoavam a zona com as metralhadoras bem à vista. Senti-me mais seguro, porque os hélis faziam um vai vem constante por cima, até chegar a Nhampassa, onde eles aterraram e onde já estavam os militares vindos do Guro.
Foi o único morto que fiz em toda a guerra e do qual nunca me arrependi, porque era um elemento dos novos colonizadores de Moçambique, o Imperialismo Comunista Internacional.
Ovar, 7 de Fevereiro de 2013
Álvaro Teixeira (GE)
Combatentes de Guerra do Ultramar
Futebol de Causas (Manifestação Académica - Final da Taça 1969 - vídeo)