Segunda-feira, 9 de Novembro de 2009

AS ELEIÇÕES DE 28/10/2009 FORAM JUSTAS, LIVRES E DEMOCRÁTICAS?

 

 

Alice Mabota, Presidente da Liga Moçambicana dos Direitos Humanos (LDH), faz a seguinte afirmação: “Se ganho o poder através de um vício, eu teria vergonha”. Ela refere-se às eleições realizadas, em Moçambique, no pretérito dia 28/10, que, ao que tudo indica, a Frelimo terá ganho com uma maioria de votos superior a 2/3 de deputados, o que lhe confere o “direito” de alterar as normas constitucionais sem necessidade de recorrer ao apoio de qualquer outro partido com representação parlamentar.
Quando Alice Mabota fala de “um vício”, é óbvio que se está a referir à viciação não só dos resultados, mas, também, de todo o processo anterior que levou à exclusão de quase todos os partidos do processo eleitoral e à limitação de um partido emergente, o MDM, num conluio da apelidada FRENAMO (Frelimo+Renamo) do qual nem a Renamo acabou por retirar benefícios.
Alice Mabota - Uma Mulher de Coragem
Ainda sobre confirmação da exclusão dos diversos partidos pela Comissão Constitucional, Alice Mabota afirmou: “Tinha vergonha de ser Juiz”.
As denúncias de irregularidades surgem todos os dias, chegando-se ao ponto de se retirarem votos já contados da Frelimo, juntá-los aos votos nulos e serem considerados válidos para a Frelimo, resultando numa duplicação de votos nesse partido. Este é um exemplo de entre muitos, pelo que volto a referir Alice Mabota: “Eu vi que houve muita viciação de votos”. “Eu confesso que tenho muitas dúvidas se as eleições moçambicanas foram livres, justas e transparentes. O que posso garantir é que foram ordeiras, o que significa que as filas decorreram de uma forma aceitável, as pessoas foram depositar o voto de uma maneira aceitável, não houve perturbações. Mas quanto a transparência, a justeza e liberdade, eu tenho muitas dúvidas”. E acrescenta: “Enquanto estive em Maputo eu não tinha uma percepção sobre as eleições. Quando cheguei às províncias, a minha percepção é já outra. Eu preciso de reflectir muito sobre aquilo que vi e ouvi. É muito triste”.
Estas palavras sábias de Alice Mabota não podem cair em saco roto no seio da comunidade internacional que enviou observadores a estas eleições e que nem todos desempenharam, devidamente, a missão de que estavam incumbidos, uns porque aproveitaram para passar alguns dias de férias e outros, porque foram impedidos pelas autoridades moçambicanas de a cumprirem
ARMANDO GUEBUZA
O chefe da "pandilha" que irá continuar a sub-desenvolver Moçambique
Moçambique vai continuar a ser governado com base em princípios anti-democráticos, as suas elites vão continuar a desviar as ajudas financeiras em seu próprio benefício e o povo (cerca de 80% dos moçambicanos) continuará a viver em condições de pobreza extrema. É tempo de se começar a obrigar os governantes a aplicarem os valores por que se regem as democracias, tais como a liberdade, a justiça e a solidariedade. O Ocidente não poderá tolerar novas Somálias, novos Darfur, etc., sob a pena de andar a esbanjar dinheiro com países têm condições de serem auto-sustentáveis, mas não o são, porque esse dinheiro continuar a alimentar pessoas, regimes e instituições corruptas.
É tempo de dizer basta. O dinheiro doado pelos povos ocidentais deverá ser controlado e aplicado nos fins a que se destina e não se deve esquecer que essas doações são provenientes dos impostos dos cidadãos dos países doadores.
 
Ovar, 9 de Novembro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)  

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Terça-feira, 3 de Novembro de 2009

MOÇAMBIQUE – O REGRESSO DO MONO-PARTIDARISMO (Eleições de 28/10/2009)

 

 

Em 09/06/2009, coloquei, neste Blog, um Artigo intitulado “Democracia em Moçambique caminha para o fim?”. Os elementos que, já na altura, possuía, pressagiavam um resultado, nas eleições realizadas em 28/10/2009 idêntico ao que se veio a verificar. A Frelimo conseguiu ultrapassar os dois terços de assentos na Assembleia Nacional o que condena os restantes partidos a meros espectadores de tudo o que se irá passar na A.M., nos próximos cinco anos.
Nesse mesmo artigo, o autor considerava que os partidos concorrentes às eleições não iriam ter as mesmas condições do partido no poder, pelo que seria impossível uma disputa verdadeiramente democrática, mas, pelo contrário, falseada à partida. Nessa altura ainda não se conheciam as “doutas” decisões de uma CNE, totalmente dominada pela Frelimo, nem da “sábia” decisão final da Comissão Constitucional. O que havia, na altura, eram unicamente presságios e talvez, um pouco, de futurismo, veio a confirmar-se com as decisões acima referidas e os usos e abusos dos meios do Estado em favor do partido que o gere, a Frelimo. As posteriores declarações de variadíssimos membros deste partido vieram a confirmar as piores previsões de que a máquina do Estado iria estar ao seu serviço. E foi o que aconteceu, além das imensa fraudes eleitorais praticadas na grande maioria das Assembleias de Voto.
O que é que Guebuza e a Frelimo irão fazer com esta maioria?
Aproveito para citar as palavras de um jovem moçambicano, que não votou e que, através do MSN, me transmitiu a seguinte afirmação: “ O meu pai é da Frelimo e o partido nunca iria perder as eleições, porque tudo isto é uma fraude imensa”. Isto são palavras textuais de um jovem que, ao não votar, faz parte daquela grande fatia dos 60% de abstencionistas que, por diversos motivos, não se revêem no actual sistema partidário existente em Moçambique. Por outro lado, este mesmo jovem disse-me: “nós, em África, votamos no poder”. Perante esta última afirmação, não valeria a pena a Frelimo entrar no jogo de fraudes, porque a vitória, mais ponto, menos ponto, estaria garantida, mas a Frelimo queria mais, queria o resultado que alcançou, ou seja, a maioria de dois terços na Assembleia da República nem que, para isso, tivesse que humilhar os seus adversários, como veio a acontecer, a fim de se ressarcir da derrota, que, do seu ponto de vista, foram os Acordos de Roma de 1992.
Dhlakama e a Renamo ( fim dos tempos?)
O mono partidarismo regressou em força. Será que vamos ter, novamente, “Campos de Reeducação” ou mais “Campos de Metelela, Lupilichi, Bilibiza e tantos outros”, para aqueles que se recusarem a aceitar este estado de coisas? Os mentores desses locais tenebrosos estão lá todos. Ou vamos voltar a uma nova guerra civil fomentada pelos veteranos da Renamo e mantida por parte dos 60% dos abstencionistas? O clima é favorável a situações de explosão, dado que 80% dos moçambicanos vivem em pobreza extrema e sabem que nada têm a perder com situações de revolta popular, como veio a acontecer com a guerra civil encetada pela Renamo em 1976 e o campo de recrutamento é imenso.
Um resultado para o futuro, mas muito aquém do esperado
O mundo ocidental tudo fará para que nada disto venha a acontecer, mas o primeiro passo está dado. Vamos aguardar pela tomada de decisão dos Países Doadores que são, em última análise, os responsáveis por este estertor da democracia multi-partidária, em Moçambique, ao não controlarem os fins a que se destinaram as suas doações.
 
Ovar, 3 de Novembro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)

 


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Terça-feira, 27 de Outubro de 2009

28 de Outubro de 2009 – ELEIÇÕES EM MOÇAMBIQUE

 

 

 

 
Amanhã, dia 28/10, é um dia muito especial para um belo país chamado Moçambique e para essa terra da boa gente que é o Povo Moçambicano. É dia de Eleições, um dia que deveria ser natural numa democracia consolidada e amadurecida, mas sobre o qual recaem as maiores suspeitas de ilegalidades cometidas pelo partido no poder, a FRELIMO, que controla todos os organismos que deveriam ser independentes, como a CNE e o CC, a seu bel-prazer, conseguindo perverter o conceito de democracia que é a inclusão, transformando-o em exclusão.
 
DAVIZ SIMANGO À PRESIDÊNCIA, JÁ !
 Apesar dos constrangimentos colocados pela anti-democrática FRELIMO, ainda há possibilidades de escolha e essa escolha deverá ser a da MUDANÇA, por um Moçambique para todos e não só para uma meia dúzia que governa o País há 35 anos e não o consegue desenvolver. É necessário mudar e mudar para melhor, para uma Democracia autêntica, para uma Liberdade para todos e para um sistema onde todo o povo tenha a oportunidade de construir a sua própria Felicidade.
 
 
VOTAR MDM É UM DEVER DE TODOS OS DEMOCRATAS
 
 
Ovar, 27 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)
 

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Terça-feira, 20 de Outubro de 2009

ELEIÇÕES – Moçambique (28/10/2009) – (3)

 

As próximas eleições a realizar em Moçambique, no próximo dia 28 Outubro, serão, com toda a certeza, as últimas com os partidos, pelo menos na sua grande maioria, tal qual os conhecemos hoje. Já estamos a assistir à implosão da Renamo, com a “fuga” dos quadros e militantes para o MDM, o que irá permitir a este novíssimo Partido ter uma representação parlamentar, cuja dimensão não é, neste momento, quantificável, dada a sua exclusão na maioria dos círculos eleitorais. A implosão da Frelimo dar-se-á na precisa altura em que aqueles a quem eu tenho referido nos meus artigos anteriores como “anormais”, velhos e analfabetos, tanto do ponto de vista de formação académica, como de formação política sejam ultrapassados pelos novos quadros que não se revêem nos métodos, até aqui adoptados pelo regime frelimista.
Nestes últimos anos o Mundo mudou muito e, quando há relativamente pouco tempo se previam cerca de dez anos para que 80% das coisas mudassem, nesta altura os prazos de mudança das mesmas coisas já são inferiores a cinco anos. Daí a minha estranheza relativamente à existência dos planos quinquenais da Frelimo, mas que foram herdados do marxismo-leninismo, doutrina que este “partido”, ainda, não abandonou.
Em 2009 (34 anos após a independência) a fome continua a matar em Moçambique
Com a implosão do Império Soviético, nasceram novas filosofias políticas e económicas, precursoras da Globalização dos Mercados que vieram a acabar com os expansionismos imperialistas e, agora, só resta uma solução aos países subdesenvolvidos que é a sua abertura a novos mercados e criarem, eles próprios, os seus próprios mercados e desenvolverem as suas populações, a fim de que possam absorver a riqueza produzida por cada um. E é neste contexto que os países desenvolvidos estão interessados, com as suas ajudas, a desenvolverem os países colocados na cauda do desenvolvimento, não só por uma questão de solidariedade, mas, também, para a criação de novos mercados, dado que o Ocidente produz mais do que aquilo que consome. Esta crise mundial, que ainda não está perto do fim, embora se notem, já, alguns sinais de retoma, muito pelas medidas tomadas pelo presidente Obama e pelas economias europeias, irá obrigar a que os “anormais”, velhos e incultos, como os que ainda tentam prevalecer num país como Moçambique a abandonarem, quando menos o esperarem, o poder absoluto que mantêm sobre o seu Povo e entregá-lo a novos quadros, a novas ideias que se enquadrem nos valores da Democracia, da Liberdade, da Justiça Social e no direito de cada pessoa procurar a sua própria Felicidade.
Em Moçambique os tais “anormais”, velhos e incultos tudo fizeram para que as Eleições marcadas para 28 de Outubro constituíssem uma “palhaçada” de Exercício Democrático, dominada por duas organizações auto denominadas de “partidos”, Frelimo e Renamo, a fim de prejudicarem o único e verdadeiro partido que os poderia derrotar nas urnas, o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), mas estou certo que nada irá calar a revolta do Povo perante estes actos anti-democráticos e que Moçambique nunca mais irá ser igual depois de 28/10/2009, porque os jovens e os habitantes dos grandes aglomerados populacionais não irão perdoar o atraso e o subdesenvolvimento a que, cada vez mais, estão votados.
A Libertação prometida e não consumada em 1975 irá ser feita agora, não com armas, mas com a grande força que o Povo Moçambicano está a reunir em torno de um grande partido democrático, o MDM.
 
(Continua…)
 
Ovar, 20 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)
(Gestor de Empresas e de Recursos Humanos)    

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Sábado, 17 de Outubro de 2009

ELEIÇÕES - Moçambique (28/10/2009) - (2)

 

 

Depois de no artigo anterior ter abordado o facto de dois “anormais”, Mariano Matsinhe e Alberto Chipande se considerarem, como membros da Frelimo, donos do destino de um Povo que, após 35 anos do fim da Luta de Libertação, ainda não conhece o que são os verdadeiros valores da Democracia, da Justiça Social, da Liberdade e do direito à procura da sua própria Felicidade, irei procurar, hoje tecer algumas considerações sobre este verdadeiro drama que assola a sociedade moçambicana:
1 – Os quadros que, ainda hoje, dominam o cenário político moçambicano são oriundos da Luta Armada e, na sua grande maioria têm um nível de escolaridade muito baixo (o Guebuza e Dhlakama possuem, apenas, o 9º ano de escolaridade e ambos são líderes dos respectivos partidose tenentes-generais!!!). Há outros dirigentes que foram instruídos em Escolas de Missões que abandonaram antes de concluírem o ensino secundário, a fim de se juntarem à Frelimo. Todos estes dirigentes, por falta de instrução de base foram permeáveis às doutrinas marxistas-leninistas e, num período posterior, o maoísmo. Estas teorias que nada tinham a ver com os valores, acima enunciados, foram as que aprenderam alguns quadros da Frelimo e que as vieram a implementar, logo após Abril de 1974, em Moçambique, com as centenas de milhares de crimes cometidos e com a destruição de toda a economia do País. Estes efeitos foram e continuam tão nefastos que, dos 20 milhões de moçambicanos, 16 milhões vivem em condições de pobreza extrema e, destes 16 milhões, 70% são constituídos por mulheres;
 
O sofrimento da Mulher Moçambicana (Um atentado à democracia, à liberdade e ao direito de ser feliz)
 
2 – A oposição dos “velhos” e incultos à renovação tenderá a agravar, ainda mais, a situação, uma vez que os Países Doadores não tolerarão mais devaneios anti-democráticos como os que se estão a verificar neste processo eleitoral e tendo já a Suécia e a Finlândia com a suspensão das doações e, neste momento, tanto a Comunidade Europeia como os EUA, estão a repensar as suas posições. Ora, se chegarmos a uma situação desse género, penso que os tais “velhos e incultos tentarão ensaiar uma fuga para a frente com consequências desastrosas que poderão levar Moçambique a um “País Falhado”, no contexto internacional;
 
3 – Por último, é importante referir que Moçambique não possui riquezas naturais que não possam ser encontradas noutros países, tanto em qualidade como em quantidade, por isso, esses incultos que governam o País devem convencer-se que Moçambique não possui uma posição geoestratégica de grande importância nem a sua posição económica é importante para o Mundo Global. E é neste contexto que deve ser encarada a grande percentagem dos moçambicanos que vivem em pobreza extrema (16 milhões = 80%) e cuja situação se agravará, substancialmente, em caso de diminuição das Doações.
 
As saídas para esta situação, serão analisadas no próximo Artigo.
 
Ovar, 17 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)    

 


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Quinta-feira, 15 de Outubro de 2009

ELEIÇÕES - Moçambique (28/10/2009) - (1)

 

 

Está aproximar-se o dia das eleições em Moçambique. Digo eleições, para não falar numa “trapalhada” a que o regime chama de eleições, porque o que se está a passar, comparado com um verdadeiro processo eleitoral, não passa de uma triste farsa de carnaval. Basta ler a imprensa e ler as declarações de indivíduos como o Mariano Matsinhe e o Alberto Chipande que estão mais preocupados com sucessão no poder da Frelimo, do que nos interesses no desenvolvimento de um país que se chama MOÇAMBIQUE. Para estes indivíduos. A sua concepção de democracia equivale a zero, porque entendem que a Frelimo se deve perpetuar no poder e o Povo Moçambicano ainda deve venerar estes “heróis”, porque libertaram o povo do poder colonial e o povo deve continuar a prestar-lhes essa vassalagem.
 
Dois dos "anormais" que dominam o Poder em Moçambique

Mariano Matsingue afirma:

"Na Frelimo era normal fuzilar pessoas"

Alberto Chipande afirma:

"É normal os dirigentes da Frelimo enriquecerem à custa do Povo que libertaram"

 
Infelizmente, como irei demonstrar em artigos seguintes, estes indivíduos, que exigem a vassalagem do Povo Moçambicano, não passaram de meros guerrilheiros que amedrontavam o seu próprio povo e que mandavam fuzilar todos os comandantes de guerrilha que passassem a ser admirados pelo seu próprio povo, ou até, por uma mera questão de ciúmes ou disputa de mulheres. O exemplo desse “herói” chamado Samora Machel deve continuar a ser recordado: mandou matar o responsável máximo da DSD da Frelimo, Filipe Magaia, para ficar com o lugar dele e, como se isso não lhe bastasse, casar com a viúva, outra “heroína”, glorificada como Josina Machel, mas que antes se chamava Josina Mutemba. Quanto a esta glorificada “heroína”, não se conhece qualquer trabalho político de relevo para que possa ser considerada um símbolo da mulheres moçambicanas, a não ser o facto de ser uma simples guerrilheira do Departamento Feminino da Frelimo, ser, mais tarde, esposa de Filipe Magaia e, com o assassinato deste, se calhar, com a sua conivência, casar-se, por ambição pessoal, com o Samora Machel.
São histórias que a História de Moçambique oculta, porque são do interesse do Poder Instalado que a história seja contada dessa forma. Mas seria bom que os mais jovens se começassem a interrogar sobre as causas do interesse que a Frelimo tem em eternizar-se no Poder, nem que seja com base na mentira ou com a continuação no poder de “autênticos analfabetos” políticos, que ainda passam a vida e discutir quem vai suceder a quem, como aqueles dois comparsas Mariano Matsinhe e Alberto Chipande.
 
 
É tempo de Moçambique se libertar dos seus fantasmas e enveredar por uma via verdadeiramente democrática em que o poder seja entregue ao Povo e não a elites que se proclamam seus representantes ou que se acham com o direito de continuarem no poder como forma de pagamento de uma luta de libertação.
 
(Continua…)
Ovar, 15 de Outubro de 2009
Álvaro Teixeira (GE)    

 


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Sexta-feira, 22 de Maio de 2009

O MEU APOIO AO MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE - Parte 2

(...Continuação)

Na sequência do "Post" anterior e, porque, segundo as informações que, diàriamente, me chegam de Moçambique e baseadas em várias fontes , a democracia moçambicana, tal como a conhecemos, poderá estar em perigo, uma vez que a Renamo não tem apresentado projectos mobilizadores para a sociedade moçambicana, muito por falta de uma liderança política efectiva.

Na Renamo, tal como na Frelimo, coexistem várias tendências, cujas fracturas estão mais exposta, dado não ser um partido do Poder, ao contrário da Frelimo que, enquanto poder, vai distribuindo os seu "boys", de forma a mostrar coesão.

Numa situação destas, num mundo em constante mudança e a grande crise que o Mundo está a atravessar, a tendência natural será a de manter o "status quo", do que avançar para grandes mudanças, a não ser que ser que as pessoas se revejam num Projecto Mobilizador, como o protagonizado por Barack Obama, nos EUA.

O Engº. Daviz Simango deverá ter isso em mente e, pelas informações que possuo, o seu projecto está a ter uma grande aceitação na juventude e nas classes mais instruídas.

 

Para conhecimento de todos, publico o Manifesto Político do MDM, sem qualquer comentário:

 

 

 

 

MOVIMENTO DEMOCRÁTICO DE MOÇAMBIQUE  
(MDM)
MANIFESTO POLÍTICO
O Ano de 2009 poderá representar o ano mais decisivo para a democracia em Moçambique, desde que o nosso País passou a desfrutar de um ambiente multipartidário, de liberdade de expressão, liberdade de imprensa e associação política.
Foi a partir de 1992, na sequência do Acordo Geral de Paz em Roma entre a Frelimo e a Renamo, que a Independência Nacional conquistada em 1975, se converteu num verdadeiro reconhecimento da diversidade de ideias e opções de todos os moçambicanos. Antes disso, prevaleceu um regime que negava a diversidade política e ideológica, a iniciativa privada, a liberdade e a protecção dos bens pessoais e privados dos cidadãos.
Mas o perigo de que o regime mono partidário retorne sob a capa de um sistema multipartidário, é um risco cada vez mais iminente e crescente. Nas três últimas eleições multipartidárias, tanto ao nível autárquico como a nível nacional, as chances de alternância do poder político e da governação, diminuíram progressivamente de eleição para eleição. A consequência disto é que o partido actualmente no poder em Moçambique, governa e reina sem ter que prestar contas à sociedade moçambicana, pois não existe uma oposição politicamente forte e capaz de exercer uma monitoria efectiva e responsabilizadora da governação.
É preciso tomar consciência da situação paradoxal, em que se encontra a participação política dos moçambicanos. Passados mais de trinta anos de independência política, temos que reconhecer a situação humilhante da nossa moçambicanidade; os parceiros internacionais conseguem obter dele maior prestação de contas e responsabilização do Executivo em exercício, do que todas as Instituições Nacionais.
Esta lamentável situação pode ainda tornar-se pior se a Frelimo conseguir nas próximas eleições Legislativas e Presidenciais, previstas para o corrente ano, uma vitória idêntica à que conquistou nas eleições Autárquicas de 2008. O risco está à vista. Há que evitá-lo porque as consequências de tal cenário, podem ser fatais para a liberdade que a nossa geração conquistou e da qual Moçambique se tornou referência internacional.
Será que conseguiremos evitar tal perigo? A resposta a esta dúvida começou a ser dada de forma positiva, corajosa e determinada pelas bases da Renamo e milhares de outros moçambicanos, que no dia 28 de Agosto de 2008, se insurgiram contra a iminente capitulação e derrota que os munícipes da Beira iriam sofrer. Era claramente previsível que se aqueles moçambicanos, da segunda maior cidade de Moçambique, se tivessem resignado ao caminho apontado pela actual liderança do principal partido da oposição, com acento na Assembleia da República, o poder teria sido conquistado pela Frelimo. 
Este acto de afirmação e determinação política, constitui hoje a principal referência do valor da esperança e da consciência pró-activa e organizativa. O movimento da Beira nas recentes eleições autárquicas, converteu-se num movimento renovador, unificador e determinado, porque mostrou capacidade organizacional e mobilizador, na defesa de uma opção alternativa, contra as manobras impostas pelos dois maiores partidos políticos em Moçambique.
O ano de 2009 será decisivo para a democracia em Moçambique, porque de novo, mas agora a nível nacional, a maioria dos moçambicanos irão confrontar-se com o risco de capitulação da sua cidadania.
Comício de Daviz Simango (O Obama do Chiveve)
É neste contexto que surge o Movimento Democrático de Moçambique (MDM), cujo objectivo mais imediato é preparar, organizar e mobilizar os moçambicanos, preocupados com o futuro da nossa jovem democracia, para impedir que a Frelimo conquiste nas eleições Provinciais e Legislativas, a maioria qualificada que tanto ambiciona; isto é, evitar que a Frelimo obtenha mais de dois terços de deputados na Assembleia da República, os quais validariam a efectivação de um novo mono partidarismo real, disfarçado de multipartidário. A consequência de tal situação são enormes, como por exemplo, a possibilidade de a Frelimo vir a tentar alterar a Constituição a seu belo prazer, para assegurar um outro mandato para o actual Presidente da República.
É preciso sermos realistas. Neste momento, nenhuma força política existente em Moçambique tem condições organizativas de mobilização e liderança, para assumir com sucesso a tarefa que o MDM se propõe realizar. Se o MDM vencer este objectivo imediato, certamente transformar-se-á numa plataforma política importante, para que os moçambicanos encontrem nele, a alternativa indispensável à realização de opções e escolhas que os partidos na oposição actualmente não proporcionam.
Construir um projecto político e social alternativo para Moçambique e para todos os moçambicanos, exige de cada um de nós, um enorme empenho e responsabilização individual e colectiva. Exige também conceber e construir instituições políticas e económicas mais justas, adequadas e eficazes, para uma maior estabilidade e sustentabilidade do desenvolvimento de Moçambique.
O MDM acredita que a Democracia deve ser o destino de Moçambique, pois foi este o caminho que a grande maioria dos moçambicanos escolheu seguir. Mas para isso, a liberdade e a igualdade de condições entre os moçambicanos, consubstanciados no respeito pela diferença e no estímulo à criatividade individual, devem constituir-se nos alicerces fundamentais, sem os quais a democracia, o Estado de Direito, o desenvolvimento humano e a justiça social, podem de facto florescer.
Daviz Simango não é um "chefe", mas um Líder
Estes factores devem ser devidamente valorizados pelos governantes e pelas classes políticas do País. Só assim se poderão criar sinergias para um rápido, efectivo e duradouro desenvolvimento de Moçambique.
Tal como o sol brilha para todos, o MDM tudo fará para que todos os moçambicanos sejam beneficiários das conquistas da Independência de 1975 e da Democracia de 1992. O MDM nasce para contribuir para uma paz duradoura e crescimento económico sustentável, sem exclusão e/ou discriminação com base na etnia, raça, religião, opção político/partidária ou região geográfica.
Moçambique pode ser um lugar melhor para todos os que nele nascem e vivem. Urge, portanto, que nos unamos em torno do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), cuja proposta de programa de acção oferece uma Agenda Política alternativa, realista e construtiva, em que os seus objectivos, prioridades e estratégias conduzirão seguramente a uma alternância progressiva e dignificadora, no actual quadro político, social e económico de Moçambique.
Beira, 07 de Março de 2009

 


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