Terça-feira, 12 de Abril de 2016

A VERBORRÁICA DO REGIME DE LARÁPIOS ASSASSINOS, ATRAVÉS DOS GRANDES PENSADORES DA NOVA GERAÇÃO, OS CÉLEBRES ´´INTELECTUAIS E GRANDES PENSADORES DE CAFÉ DE CENTRO COMERCIAL`` (PARTE 2)

 

Zeca Caliate.JPG  

´´QUEM É ZECA CALIATE O TRAIDOR?`` perguntava o menino BONGOLE WA MACANDENE, vulgo Marcelo Mosse para a sua plateia de ´´YES MAN´S`` do regime.

           A resposta é simples meu menino, assumidamente, sou o ZECA CALIATE, o mesmo que traiu a Teia do mal Frelimo, sou o mesmo que traiu os planos desse Gangue Criminoso de Estado, quando essa escumalha de gentinha me tentou assassinar pelas mãos de ANTÓNIO HAMA THAI, sou o mesmo que traiu os planos de me tornar um lacaio dos Cleptocratas do Sul como aconteceu com o Bonifácio Gruveta, sou o mesmo que traiu os planos de me tornar um assassino como ´´VOÇÊS`` etc,etc,etc. Se me sinto um traidor??? deve o menino perguntar??... Visto por este prisma...sem dúvida, e voltaria a fazer exactamente a mesma coisa, mas talvez de maneira diferente, de forma a ajudar a evitar a catástrofe social, económica e humana em que voçês tornaram o nosso País. Jamais voltarei a pertencer a essa Organização denominada por Frente de Liquidação de Moçambique, pior que a PIDE/DGS na era colonial. Através do MOZREALBLOGUE, pude constatar que os meninos ´´PENSADORES`` do Regime da mão estendida do ´´TOU A PIDIRI`` vão demonstrando o colapso, decadência e desespero dos camaradas quando verificam que Zeca Caliate, Voz da Verdade não se cala e vai escrevendo as verdades sobre os feitos criminosos do Gangue de Estado Cleptocrata Criminoso vulgo Frelimo. Desta vez a resposta a um comentário do Sr. Emílio (Mia), que utilizou duas medidas para o mesmo peso, ou seja pôs em causa as forças da RENAMO e deixando de lado as da Frelimo, pois elas também existem, só não vê quem não quer vêr.

       Eu fui comandante da guerrilha de uma das frentes de combate para a libertação do nosso País. Não sou licenciado, mas estudei e sei ler, quando fui forçado a exilar-me desde 1974, e frequento as redes sociais e compreendo tudo o que se passa por aí. Em relação a voçês ´´comentarista de café de centro comercial``, dei-lhe uma resposta à sua medida, pois o menino Marcelo teve a ousadia de vir em defesa do Sr. Emílio. Por isso, voltei a pôr os pontos nos is porque não queria voltar a falar sobre esse senhor como disse nessa intervenção. Todavia, constato que nesse blog pro Frelimista, o menino Marcelo sem pejo algum, assina a paternidade desse comentário, pondo em causa a minha honestidade. Não é preciso ser-se muito inteligente para ver os comentários nas redes sociais sobre esse senhor Emílio, assim como tudo o que ele próprio diz. Recordo-me que ele escreveu de que estava a ser ameaçado de morte,... não sabemos por quem e porquê?? o Burguês Sr Emílio estava a escrever fora da linha partidária com toda a certeza. A seguir recebeu ´´Honoris Causa``, quem não leu isto? Toda a gente sabe que o Pai do Sr Emílio faleceu em Moçambique mas foi sepultado em Portugal,...e quem desconhece isto?? Só o Zeca Caliate tinha que desconhecer? O Sr Emílio criou uma fundação com o seu irmão mais velho, Fernando Couto, e todos o sabem. Só o Zeca Caliate teria que desconhecer?

         Vamos falar um pouco sobre fundações, muito tenho lido, e é o que não falta neste mundo e toda gente sabe como se sustentam, e as poucas vergonhas que praticam e suas várias finalidades. Qualquer um têm acesso à WIKIPÉDIA, certo?? que o Jornal Tribuana, que diz ter sido incendiado pelos colonos, como se ele não fosse também um colono!!!??? Mas como se tinha refugiado, e se tornou um defensor da Teia do Mal, já não se sente colono?? pensa ele... . Na Wikipédia, não diz que essas pessoas que iam a correr atrás do Jeep, tinha parado a poucos metros do Jornal. Qualquer um que tivesse lido os jornais de Moçambique de 8/9 de Setembro de 1974, e tenha ouvido a rádio, não esqueceriam isso. Para isso é preciso ser-se intelectual?? Sinceramente, só no meu País onde todos os problemas devem ser resolvidos intelectualmente!!!... Eu não me queria definir como intelectual, mas felizmente sou um ser pensante e tenho bom raciocínio. Contudo deixo o meu obrigado por me incluírem na lista dos intelectuais. Podem ter a certeza que o sou mesmo. Por isso, o Zeca Caliate passou a ser um defensor da RENAMO, e é por esta razão que os seus posts defende a mesma. A maioria dos meus leitores e amigos, que lê os meus posts do ´´Zeca Caliate Voz da Verdade``, constata que não falo apenas da Renamo, basta ler os textos e acompanhar a ´´REAL`` situação do País, para entenderem o que se pretende transmitir. Se a defendo em alguns posts, a Renamo, é porque acompanho quase ao segundo a desgraça política, económica e social que o Partido dos larápios assassinos-Frelimo, inflingem ao povo Moçambicano diáriamente.

           Alguém me poderá questionar, o porquê do Zeca Caliate apoiar e defender a RENAMO?? neste momento acho que é através da Renamo que se conseguirá a tão almejada democracia, e terão sim o meu apoio. Qual o problema?? Pois esse Partido é mais dinâmico, representativo e democrático. Por isso, vale a pena apoiar a Renamo, e também por ser uma força que luta incansávelmente ao longo de vários anos para uma mudança em Moçambique. Para ser sincero Apoio todos os que estiverem na oposição à TEIA dos ASSASSINOS DA FRELIMO.

        

 


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Sexta-feira, 8 de Abril de 2016

Biografia de Zeca Caliate (ex - Comandante da Frelimo)

    

Zeca Caliate.JPG

   Zeca Caliate Maguaia, nascido a 5 de Janeiro de 1948, natural de Milange, Província da Zambézia.

             Militante da Frente de Libertação de Moçambique Frelimo, desde Setembro de 1963 e no ano seguinte; Isto é, em 1964 juntei-me ao primeiro grupo de guerrilheiros treinados na Argélia e com eles, embora destreinado, iniciamos a luta armada na frente Zambeziana no dia 25 de Setembro de 1964, que acabou fracassada por falta de abastecimento de material bélico. Pois o Governo de Malawi, sob liderança de Dr. Hasting Kamuzu Banda, nunca aceitou a passagem de material no seu território para uma luta contra Portugal.

         Todavia em Novembro do mesmo ano fomos todos evacuados para Tanganica, onde eu mais alguns ex-camaradas que ainda não estávamos treinados militarmente, fomos enviados para o Campo de preparação física e ideológica da Frelimo sito na vila de Bagamoyo, ali permanecemos durante três meses e por fim fomos enviados novamente para o primeiro Campo de Treinos militares em Kongwa, Província de Dodoma. Concluídos os treinos militares, meus ex-colegas foram enviados para a Província da Zambézia via Niassa; Infelizmente não chagaram ao destino, a companhia foi interceptada e destroçada em Micanhela pelo exército Português muitos morreram e alguns que escaparam, atravessaram a fronteira de Moçambique para o Malawi, ali foram feitos prisioneiros em Zomba, onde estiveram encarcerados durante alguns meses depois foram soltos e enviados para o Tanganica. Eu depois de concluir o treino militar, fui destacado a chefiar um pequeno grupo de Segurança que foi enviado para Residência de Dr. Eduardo Mondlane em Oster Bay, Dar-es-Salam, onde permanecemos até em Março de 1966 salvo erro. De novo, regressamos para o Campo Militar de Kongwa, onde ficamos a aguardar às novas tarefas para cumprir.

           De referir que nessa altura, chefe máximo de Departamento da Defesa e Segurança da Frelimo, era Filipe Samuel Magaia. Enquanto Samora Machel, comandava o campo militar de Kongwa e servia de adjunto de Filipe Magaia e acabava de receber ordens da sua transferência para comandar o novo Campo militar de Nachingwea com Instrutores Chineses.

          

                


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Sábado, 26 de Março de 2016

Omar Ribeiro Thomaz fala das pessoas que foram levadas para os chamados campos de reeducação

 

Num processo difícil, de guerras entre brancos e negros, nativos e colonizadores, Moçambique conseguiu sua independência em 1975, mas o período de transição foi marcado pela instituição de medidas impopulares que deixaram cicatrizes em boa parte da população.

 

O historiador e antropólogo Omar Ribeiro Thomaz, da Universidade Estadual de Campinas, voltou recentemente de uma de suas viagens a Inhambane, uma província de Moçambique, onde tem acompanhado um grupo de pessoas que foram levadas pela Frelimo – Frente de Libertação de Moçambique, a partir de 1975 - para trabalhar em campos que abrigavam pessoas tidas como desocupadas, inúteis, indesejadas, pelo governo e que, então, deveriam ser reeducadas, a partir do trabalho braçal no campo. Esse projecto, denominado Operação Produção, foi uma das medidas adoptadas. Nesta entrevista, Thomaz dá uma ideia do contexto histórico em que essas acções acontecem e fala um pouco sobre o destino das pessoas que passaram pela Operação Produção.

 

ComCiência - Em seu trabalho o senhor trata dos deportados no período pós-colonial em Moçambique, pessoas que eram levadas dos centros urbanos para os campos de reeducação criados logo após a independência. O que o senhor tem descoberto pelas narrativas dessas pessoas? A actuação da Frelimo marca realmente uma ruptura entre o período colonial e o pós-colonial?

Omar Ribeiro Thomaz – A primeira coisa a dizer é que trabalho com a ideia de deportado, mas as pessoas que passaram por essa experiência se dizem raptadas. Em alguns contextos elas de fato foram sequestradas pela Frelimo ou pela Renamo (Resistência Nacional Moçambicana) durante a guerra civil. Eu uso o termo deportação, que não é o termo que o Estado da Frelimo usava, para me referir às pessoas que eram enviadas para os campos, fossem os de reeducação ou os de trabalho. E uso o termo raptados para aqueles que foram sequestrados durante a guerra civil, por parte da Renamo, que era o movimento que se opunha ao governo da Frelimo, e que compunha a maior parte do seu exército com jovens que pegavam nas ruas, sem consultar os pais e sem nenhum processo formal. Isso era um rapto, um sequestro. As pessoas que eu entrevistei diziam: “fomos raptadas”. Elas faziam uso do mesmo termo que se usa para falar das pessoas que foram raptadas efectivamente pelos exércitos, quer da Renamo, quer da Frelimo, que muitas vezes usava do mesmo expediente.

 

ComCiência – Em que contexto surgiram os campos de reeducação?

Omar Ribeiro Thomaz – O contexto é o da guerra de independência de 1964 a 1974. Em abril de 1974, a Revolução dos Cravos em Portugal acabou ditando uma certa disponibilidade dos portugueses para negociar com a Frelimo que, na prática, tinha também uma vitória militar, pois os movimentos de libertação africanos estavam ganhando as guerras em Moçambique, Guiné Bissau e Angola. A Frelimo já sinalizava a formação de um regime de natureza revolucionária, marxista-leninista, e mesmo sem clareza do que estava por vir, a maioria da população branca, criada na sociedade colonial fascista portuguesa – cerca de 200 mil pessoas, que moravam em Moçambique – não se mostrava disposta a viver uma revolução ou sob um regime de maioria negra, onde não pudessem manter privilégios. Nesse período, de muitos conflitos entre brancos e negros nas cidades, boa parte dessa população branca abandona o país rumo a Portugal. Alguns permaneceram, mas procuraram sabotar iniciativas do regime que se instalava. Outros eram apenas suspeitos de sabotagem. A esses, sendo portugueses, era aplicada uma punição: tinham 24 horas para abandonar o país e podiam levar 20 quilos de bagagem. Essa medida ficou conhecida como o 20-24 e aconteceu com uma certa frequência nos anos posteriores aos acordos entre a Frelimo e Portugal e após a independência, em junho de 1975. Logo após o estabelecimento dos acordos entre Portugal e a Frelimo – em 7 de setembro de 1974 – ocorreu o início de uma série de expedientes de ordem administrativa que vão dar origem ao que posteriormente vão se chamar de campos.

 

 


Publicado por gruposespeciais às 19:33
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Sexta-feira, 25 de Março de 2016

"EMBARRIGUECIMENTO DOS LIBERTADORES"

Canal de Opinião por Noé Nhantumbo

 

As lutas independentistas e os Não-Alinhados estão sendo desmascarados a cada dia que passa.

 

O “barco está no mar alto sem porto seguro à vista”.

 

Valeu a pena ter havido gloriosas e sacrificadas lutas pela Independência nos países de todo o mundo. Nem tudo foi em vão.

 

Valeu a pena ver gente com fibra e com coragem e princípios batendo-se com honradez pela Independência.

 

Valeu a pena sonhar por um hino e por uma bandeira.

 

Mas de tudo pelo que se teve que passar, hoje existem mais do que suficientes razões para questionar procedimentos e resultados.

 

Olhar para trás e chegar à conclusão de que muito do que nos diziam era um simulacro, uma cascata de “slogans” que não se concretizaram, é desolador.

 

Uma mão-cheia de combatentes que de armas se bateu contra o colonialismo e outras formas de dominação, especialmente em África, deixa muito a desejar, se tivermos que ser honestos na avaliação.

 

O mundo jamais foi linear, e a complexidade dos assuntos muitas vezes ultrapassa a capacidade dos protagonistas enxergarem e produzirem soluções pertinentes.

 

Olhar de frente para o que nos rodeia, nos é a dado a ver, e concluir que os nossos “libertadores” acabaram por defraudar as expectativas que existiam, é constrangedor. Afinal eles queriam o poder em si, e não para alterar as relações de poder ou trazer a propalada democracia política e económica. Prometeram ao povo que libertariam a terra e os homens. Isso, em parte, aconteceu.

 

Mas a realidade de hoje desmente sem dúvida de nenhum tipo que fomos enganados e da maneira mais copiosa.

 

Aquilo que de terra era considerado sagrado foi sendo sucessivamente vendido, alienado e entregue aos mesmos que ontem colonizavam.

 

O que nos diziam que seria uma nova era de desenvolvimento acabou tornando-se numa fábrica de sonhos, numa fábrica de assalariados pobres, miseráveis vivendo na indigência. Se antes era o colono português que insultava, hoje são os chineses, angolanos e brasileiros. Uma e outra vez, portugueses retornados ou que nunca haviam cá estado insultam num regresso típico de racismo. Até nas praias, sul-africanos tutelando estâncias turísticas barram a entrada dos nativos. É a realidade sem remendos nem pinturas de “analistas de fim-de-semana”.

 

Tanta mascarada, tanta falsificação, tanto sangue derramado em nome de ideologias que hoje vemos jamais terem existido.

 

Matou-se compatriotas em nome de uma suposta revolução, catalogou-se compatriotas de “lacaios do capitalismo”, e hoje quem o fazia estabelece “joint-ventures” com multinacionais a velocidade incrível. Num oceano de secretismo, temos em Moçambique pessoas retalhando o país conforme a sua hierarquia e apetites.

 

 

 


Publicado por gruposespeciais às 19:31
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Quinta-feira, 13 de Fevereiro de 2014

A opinião de Raul Domingos, ex-diririgente da RENAMO

O antigo membro da Renamo e actual presidente do Partido para a Paz, Democracia e Desenvolvimento, Raul Domingos, considera que a aplicação precária do Acordo Geral de Paz, dos quais foi negociador, e a partidarização do Estado por parte da Frelimo são duas das causas (senão as principais) da actual tensão político-militar que se vive no país.

Segumdo Raul Domingos, que chefiou a delegação da Renamo às negociações com o Governo, que culminaram com a assinatura do Acordo Geral de Paz, em 1992, na cidade de Roma, Itália, ficou acordado que as Forças de Defesa e Segurança seriam compostas por 30 mil homens, provenientes de ambas as partes, mas isso não aconteceu.

 

 

 

Embora a Renamo tenha integrado os seus homens nas fileiras das Forças de Defesa e Segurança, com o passar do tempo, estes passaram à reforma compulsivamente, principalmente os que ocupavam cargos de chefia. “A reforma compulsiva dos homens da Renamo, com destaque para os oficiais superiores das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, provocou a guerra que hoje vivemos no país porque muitos deles regressaram às antigas bases”, afirma.

Por outro lado, Raul Domingos afirma que o Governo e a Renamo nunca estiveram em igualdade numérica no que diz respeito à composição das Forças de Defesa e Segurança, o que constitui o primeiro atropelo ao AGP. “Ficou acordado que as FDS deviam ser compostas por 30 mil homens e que cada uma das partes (Governo e Renamo) devia indicar metade, ou seja, 15 mil”. “Estou convencido de que as condições de paz, negociadas em Roma, não são as que se vivem hoje no país. A precária implementação dos termos acordados precipitou o país para um novo clima de violência armada em que este se encontra”, entende Raul Domingos.

 

“Nunca tivemos eleições transparentes”

Chamado a comentar à volta das últimas eleições autárquicas, marcadas por diversas irregularidades, que ditaram a repetição da votação nos municípios de Nampula e Gúruè, Raul Domingos foi peremptório na sua resposta e disse que as mesmas foram tudo, menos transparentes.

“A Comissão Nacional de Eleições e o Secretariado Técnico da Administração Eleitoral estão partidarizados, por isso nunca tivemos eleições transparentes, livres e justas, como preconiza o slogan, ao qual estes dois órgãos não fazem jus. As últimas eleições autárquicas foram prova disso”, acusa. Entretanto, questionado sobre se se iria candidatar a Presidente da República nas próximas eleições gerais, marcadas para o dia 15 de Outubro, Domingos escusou- se a responder, limitando-se apenas a afirmar que quando chegar a altura dirá se o seu partido irá ou não participar no pleito.

Sobre a condecoração

No dia 3 de Fevereiro, Dia dos Heróis Moçambicanos, Raul Domingos recusou-se a receber a condecoração atribuída pelo Estado moçambicano porque, na sua opinião, tal devia ser feito em momentos de paz e harmonia, e não de guerra. “Se eu aceitasse, estaria a festejar as desgraças dos moçambicanos que sofrem, directa ou indirectamente, os efeitos desta guerra evitável”.

Raul Domingos entende que “as circunstâncias em que ocorreu a galardoação, que se caracterizam pelo alto nível de intolerância, desigualdades, perseguições políticas, incluindo prisões e assassinatos de membros da oposição, o sofrimento em que vivem os moçambicanos nos campos dos deslocados, aliadas ao sangue derramado dos inocentes e ao luto que enche muitas famílias de dor, medo, incerteza e desespero, nomeadamente em Nampula, Nhamatanda, Homoíne, Funhalouro e outros locais, afectaram a minha consciência e constituíram determinantes que ditaram a minha decisão de não aceitar receber a condecoração”.

Por esta razão, o presidente do PDD é de opinião de que o Governo devia estar mais preocupado em restabelecer a paz no país e não em condecorações. “A condecoração de cidadãos que se notabilizaram pela paz deve ser feita, em regra, em momentos de paz e na data de celebração da Paz e Reconciliação Nacional, o dia 4 de Outubro”. Refira-se que Raul Domingos ia receber a distinção “Ordem 4 de Outubro do Primeiro Grau”.

Partidarização do Estado

Outra violação ao Acordo Geral de Paz, segundo o antigo chefe das Relações Exteriores da Renamo, que depois viria a fundar o PDD, tem a ver com partidarização do Estado, por parte do partido no poder, a Frelimo. No seu entender, o Estado deve ser neutro no tratamento dos cidadãos, o que não acontece no país, daí que os moçambicanos sempre se queixa(ra) m das desigualdades e falta de oportunidades. “Há moçambicanos que confundem o Estado com a Frelimo. Há células do partido Frelimo em instituições do Estado”.

“Neste momento que estamos a falar, todos os funcionários do Estado são membros do partido no poder, e aqueles que não aceitam essa condição correm o risco de perder os seus cargos de chefia ou de serem excluídos da promoção ou progressão”, assevera. Recorde-se que a despartidarização do Estado é um dos pontos (o segundo) da agenda do diálogo entre o Governo e a Renamo.

 

13 de Fevereiro de 2014

Jornal "A Verdade"


Publicado por gruposespeciais às 21:07
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Quarta-feira, 8 de Janeiro de 2014

Mais um descalabro militar (FRELIMO - RENAMO)

Em dois confrontos separados as forcas governamentais que se desdobram numa ofensiva contra os guerrilheiros da renamo sofreram na manha de hoje grandes perdas humanas. O primeiro confronto registou na zona de Nhampoca, distrito de Nhamatanda, proximo de rio pungue, onde uma companhia das FADM foi emboscadas e sofreram 19 baixas fatais, varios feridos e perda de armas devido a debandada provocada pela surpresa.

Ja na zona de Nhamacuenguere, algures entre Dondo e Muanza, no troço em terra batida que vai a Inhaminga, uma outra companhia que se dirigia em direccao a uma suposta base de homens armados da renamo existente naquela area, foi surpreendida com uma emboscada tendo sofrido grandes baixas, 22 mortos e varios feridos. Tambem houve perdas de armas. Em ambas emboscadas as fadm foram surpreendidos com fogo intenso a curta distancia, dai as baixas serem pesadas.

Ainda na senda do conflito armado, reina em homoine um ambiente bastante tenso, agravado pelo facto de a fir ter prendido hoje um lendario grande ex-comandante da renamo, Bernardo da Silva Guambe, mais conhecido por "Nhangongorane". Ele foi preso hoje no seu estaleiro na vila de Homoine, acusado de ser espiao. Teme-se um ataque da renamo a esquadra local, pelo que as populacoes estao a fugir da vila.

In https://www.facebook.com/unay.cambuma?fref=pb&hc_location=friends_tab

NOTA:

Hoje e daqui,  apelo ao antigo colega do Liceu Salazar, Joaquim Chissano, para que, com a autoridade que te advem de um passado vivido dentro da FRELIMO, de quem és Presidente Honorário, continue "apenas a ouvir" este teu tão profundo silêncio. Se queres deixar de ser apenas "mais um",  fala fomem de Deus!

Se assim não procederes, a já pouca consideração que tinha por ti, lamento dizê-lo, não será nenhuma. O que te não fará diferença, acredito.

Fernando Gil

MACUA DE MOÇAMBIQUE


Publicado por gruposespeciais às 20:34
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Terça-feira, 29 de Outubro de 2013

Escrever a história de Moçambique não é linear, mas urgente

CANAL DE OPINIÃO por Noé Nhantumbo

Tragam os “libertadores” à mesa e que se expliquem…

Alas se digladiando e o povo sucumbindo…

Algumas das causas da crise actual no País remontam dos tempos em que se combatia contra o colonialismo português.

Aquela intolerância quase sempre característica de uma liderança que não admitia concorrência ou pontos de vista contrários aos seus evidencia-se os dias de hoje.

Quando se fala de caldo entornado ou se entornando refere-se ao facto de que o diálogo supostamente destinado a produzir consensos apaziguadores e um ambiente de confiança entre as partes desavindas.

Se hoje aparece a Renamo contra a Frelimo antes a oposição era dentro da mesma Frelimo e um tratamento de choque radical foi a escolha de ala contra a outra. Assassinatos políticos caracterizaram os primórdios da independência sob a justificação de que se travava de contra-revolucionários que estavam atentando contra os interesses dos moçambicanos, foram chamados de traidores e sem direito a julgamento foram mortos.

Agora que a propalada revolução “morreu de morte morta” onde estão os revolucionários e os contra-revolucionários?

Se temos alas goesas, guebusinas, chissanista dentro da Frelimo quem põe o “guizo ao gato”?

Andaram dizendo tanto para neste momento estarmos no fundo do poço do capitalismo selvagem? Como explicar que se tenha promovido tanta intolerância que levou ao extermínio de “camaradas”?

Não se pode questionar a necessidade de obediência a critérios no processo de uma política e militar desigual e dependente de altos níveis de inteligência e secretismo operacional.

Não se pode recusar que “a revolução defende-se”. Mas onde sempre esteve tal revolução? O mecanicismo socialista ou revolucionário proposto e imposto era a tal revolução que visava criar o “homem novo”?

Tudo indica que o combate visava uma bandeira diferente mas que seus líderes estavam mais inclinados em replicar o modelo de vida das elites “revolucionárias” soviéticas e chinesas. Uma classe de funcionários do partido obedecendo as instruções e orientações de uma liderança quase não humana, infalível deveria assegurar através do trabalho demilhões de pessoas que os especiais e eleitos tivessem todos os dias caviar e champanhe.

Negar este sistema era motivo suficiente para ser detido, preso, interrogado e deportado para campos chamados de reeducação. Alguns altos representantes da “linha revolucionária” triunfante ainda manifestam pesar por não existirem mais campos de reeducação e Moçambique.

Esta é a realidade moçambicana. Uns querendo sempre se impor a maioria em nome e com base na sua participação na luta armada de libertação nacional e outros tendo que se resignar à sorte de cidadãos de segunda.

Agora que se lançou uma ofensiva contra parte daqueles que se declaravam guardiões da revolução, a “famigerada” ala de Goa muitos se admiram da desfaçatez de ex-camaradas. Mas na essência é a roda da história de um movimento político que cresceu cultivando a intolerância.

Nestes dias em que se agudizam sinais de uma tentativa de reinstalação de uma atmosfera ditatorial e de eliminação da oposição só pudemos falar de um recuo real de tudo que parecia alcançado e assegurado.

Tratar as questões por fases, primeiro inviabilizar a Renamo e depois lidar com o MDM pode ser a estratégia eleita.

Combinar a obediência a uma liderança que soube eliminar silenciosamente a oposição interna no partido e tomar contra dos instrumentos económicos e financeiros está seguido à risca.

Sejamos coerentes e encontraremos algumas verdades que não nos querem dizer. O congresso de Pemba foi crucial para obliterar a oposição no seio da Frelimo. Quando os “históricos” são relegados a peças de museu e não lhes é permitido pronunciarem--se é indicativo inequívoco de um assalto ao poder com todas as suas consequências.

Não sejamos cegos nem surdos num momento grave da história nacional.

Moçambique pode descambar para uma ditadura sanguinolenta a qualquer momento.

É da responsabilidade de todos alguma coisa fazer para travar gente com apetites devoradores.

Não se pode um dia que seja na denúncia de atitudes e procedimentos contrários a conivência democrática pois esta é a única que pode garantir a paz, estabilidade e desenvolvimento em Moçambique.

O jogo da constitucionalidade é praticado pelos que se querem perpetuar no poder.

Aí esgrimem todos os trunfos e recusam qualquer cedência.

A paridade não é nenhum diabo que vai interromper o tal apregoado desenvolvimento, pelo contrário.

O que não foi resolvido a contento aquando do AGP pode muito bem ser corrigido com frontalidade, abertura e sobretudo sem subterfúgios.

Nunca é tarde para defendermos nosso País e seu povo das garras dos abutres…

 (Noé Nhantumbo)

CANALMOZ – 29.10.2013


Publicado por gruposespeciais às 15:12
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